Grupos adiam ato pró-impeachment

  • Por Estadão Conteúdo
  • 26/07/2016 09h36
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Fernando Martins/Jovem Pan Protestos na Av. Paulista

Os principais grupos que organizam manifestações de rua a favor do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff se dividiram em relação à realização do próximo ato, marcado para o domingo, dia 31, em diversas cidades brasileiras. Em São Paulo, o protesto deve ocorrer na Avenida Paulista.

Enquanto os grupos Movimento Brasil Livre e Nas Ruas optaram por adiar o protesto para agosto, em uma data mais próxima à votação do impeachment no Senado, o Vem Pra Rua preferiu manter a data inicialmente marcada. 

Em nota, o Vem Pra Rua afirmou que haverá atos em pelo menos 175 cidades. O grupo resumiu suas reivindicações em cinco itens: defendem o impeachment definitivo de Dilma; manifestam apoio à Operação Lava Jato; pedem a aprovação do projeto das 10 medidas contra a corrupção proposto pelo Ministério Público Federal; querem a prisão de políticos corruptos; a renovação política e o fim do foro privilegiado. 

Um dos coordenadores nacionais do MBL, Kim Kataguiri, afirmou que o adiamento da participação do grupo foi decidido pela baixa adesão dos seguidores ao protesto e por ele estar marcado em data muito distante da votação no Senado. “A mobilização não estava boa”, admitiu. O estudante de Direito disse que as coordenações estaduais do MBL foram informadas do adiamento da participação do grupo no dia 31, mas foram liberadas para organizar atos locais se assim o quiserem.

Racha

O grupo não marcou data para uma próxima manifestação na Avenida Paulista. Ainda assim, Kataguiri nega que haja um racha entre os movimentos pró-impeachment. “Já houve outras ocasiões em que fizemos atos sem a adesão de outros grupos, como o Vem Pra Rua”, disse ele, citando como exemplos a marcha a pé a Brasília e acampamentos em frente ao Congresso Nacional.

Apoio

Marcadas também para o próximo domingo, as manifestações em defesa do mandato da presidente afastada Dilma Rousseff e com o lema “Fora Temer” estão mantidas em diversas cidades brasileiras Organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que congregam mais de 40 entidades ligadas a movimentos sociais e sindicatos de trabalhadores, os atos devem ocorrer em ao menos 16 capitais.

Em São Paulo, o manifesto está marcado para as 14h no Largo da Batata, em Pinheiros, na zona oeste. Os manifestantes também irão às ruas pela garantia dos direitos trabalhistas e contra o que chamam de retrocessos propostos pelo governo interino, além da defesa da reforma política.

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