Guardia diz que redução do diesel custará R$ 9,5 bi e não divulga como será toda compensação

  • Por Jovem Pan com Estadão Conteúdo
  • 28/05/2018 11h34 - Atualizado em 28/05/2018 11h36
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Agência Brasil Guardia quer esperar aprovação de projeto para fazer novo anúncio

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, explicou nesta segunda-feira (28) como será feita a redução no preço do diesel, anunciada pelo presidente Michel Temer um dia antes, para tentar controlar a greve dos caminhoneiros. Ele afirmou que o custo total do programa será de R$ 9,5 bilhões, mas não detalhou como será compensada parte dessa redução.Ele

Primeiro Guardia explicou que o governo vai cobrir parte desse valor com o uso de uma margem financeira e orçamentária que estava reservada para riscos fiscais: “vamos utilizar uma reserva de contingência de um orçamento que não está vinculado a nenhum órgão. Com isso conseguimos assegurar 5,7 bilhões desse programa que custa R$ 9,5 bilhões”.

Faltarão, portanto, R$ 3,8 bilhões. Mas Guardia disse que precisa de tempo para anunciar como será feita a compensação desse valor, pois precisa esperar a aprovação do projeto de reoneração da folha de pagamento para redução dos impostos sobre os combustíveis. Ele promete que tudo ficará equilibrado até o final do ano: “do ponto de vista da meta orçamentária, tudo está adequadamente compensado, pois virá de outras fontes”.

O ministro descreveu que a queda do preço será compensada por dois mecanismos. Um deles é a redução de impostos no preço do diesel, num total de R$ 0,16 no preço do diesel na bomba a ser compensado pelo ganho resultado do projeto de reoneração da folha de pagamento, a ser aprovado no Congresso. “Nos termos da lei não podemos reduzir impostos no exercício financeiro sem uma compensação’, disse Guardia.

O outro mecanismo é destinar recursos do Orçamento Geral da União para compensar a queda de R$ 0,30 no preço do litro do diesel na bomba. Guardia explicou que essa parcela é que irá gerar um impacto de R$ 9,5 bilhões até o fim do ano nos cofres públicos. “Com relação aos R$ 9,5 bilhões, usaremos a margem financeira de R$ 5,7 bilhões do Orçamento e outros R$ 3,8 bilhões por cortes de gastos”, disse.

 

 

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