Guedes desiste de ir à Câmara para explicar reforma da Previdência

  • Por Jovem Pan
  • 26/03/2019 11h26 - Atualizado em 26/03/2019 11h59
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes O temor de Guedes era ficar muito exposto ao ser sabatinado apenas por oposicionistas do Governo

O ministro da Economia, Paulo Guedes, decidiu não comparecer à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara após ser alertado por aliados do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM), de que haveria um esvaziamento do colegiado. Serão enviados técnicos da pasta em seu lugar, segundo informação da GloboNews e do jornal Folha de S. Paulo.

A ida de Guedes à Comissão estava prevista para esta terça-feira (26) para que ele desse explicações aos parlamentares sobre a reforma da Previdência. Enviada ao Congresso, a reforma começa a sua tramitação pela CCJ.

O temor de Guedes era ficar muito exposto ao ser sabatinado apenas por oposicionistas do Governo. A expectativa agora é de que o ministro só volte à CCJ após uma organização maior da base e já com o relator escolhido.

O aviso foi dado aos líderes nesta manhã pelo secretário de Previdência, Rogério Marinho. Aliados de Rodrigo Maia então mandaram recado a Guedes, já que o consideram o melhor interlocutor do Governo junto ao demista e não o queriam exposto à oposição.

Em nota, o Ministério da Economia afirma que a equipe da Secretaria Especial de Previdência do Trabalho representará o ministro na audiência.

“O Ministério da Economia informa que a equipe técnica e jurídica da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho estará à disposição para representar o ministro Paulo Guedes na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados para esclarecer pontos da PEC 06/2019, nesta terça-feira, 26 de março. A ida do ministro da Economia à CCJ será mais produtiva a partir da definição do relator”.

Os parlamentares querem esclarecimentos sobre pontos da medida, a reforma previdenciária dos militares, a reestruturação da carreira das Forças Armadas e a necessidade de mudança do sistema de Previdência Social do país.

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