Guedes diz que capitalização valerá apenas para jovens no primeiro emprego

  • Por Jovem Pan
  • 04/06/2019 17h02 - Atualizado em 04/06/2019 17h36
Fátima Meira/Estadão Conteúdo Ele afirmou ainda que o custo de transição será baixo, em torno de R$ 100 bilhões por ano

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse, em sessão na tarde desta terça-feira (4) na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, que a proposta de criação de um regime de capitalização para a Previdência valerá apenas para jovens no seu primeiro emprego e que terá um custo de transição baixo.

Na semana passada, o secretário de Previdência, Leonardo Rolim, disse que o governo estima um custo de transição do atual sistema de aposentadoria para o regime de capitalização de R$ 115 bilhões em 10 anos e R$ 985 bilhões em 20 anos.

“A proposta é criar um regime só para jovens no seu primeiro emprego. São 200 mil, 300 mil jovens, o custo de transição é muito mais baixo. Por isso preciso do R$ 1 trilhão, R$ 100 bilhões por ano é absolutamente viável a transição”, declarou Guedes.

Segundo ele, se todos os trabalhadores quisessem migrar de regime, o custo seria de “uma a três vezes o PIB brasileiro”, mas que “esse não é o caso”.

O regime de capitalização é uma espécie de poupança que o trabalhador faz para garantir a aposentadoria no futuro, na qual o dinheiro é investido individualmente, ou seja, não ‘se mistura’ com o dos demais trabalhadores. O modelo atual é o de repartição, no qual quem contribui paga os benefícios de quem já está aposentado.

Guedes sinalizou que o “regime de capitalização gera um futuro muito melhor para todos do que um regime onde todos os pilares contribuem e todo mundo segue estagnado”.

Ele assegurou que o regime de capitalização do Chile ficou 30 anos sem cobrar uma contribuição das empresas e gerou muitos empregos nesse período. Segundo Guedes, o governo do país passou a cobrar das empresa, às custas de um desemprego um pouco maior.

“Como a carga tributária do Chile é menor que a nossa, eu faria diferente. Eu elevaria a carga de impostos em 1% ou 2% do PIB para fazer a solidariedade (do sistema)”, completou.

* Com informações do Estadão Conteúdo

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