Guedes escolhe José Tostes como novo secretário da Receita Federal

  • Por Jovem Pan
  • 20/09/2019 11h59 - Atualizado em 20/09/2019 14h56
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes Novo secretário é ex-representante do BID no Brasil e auditor fiscal

O ministro da Economia, Paulo Guedes, escolheu o novo secretário da Receita Federal. Em entrevista à Denise Campos de Toledo, da Jovem Pan, o ministro revelou que o escolhido é José Tostes, ex-representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no Brasil e auditor fiscal.

“É alguém que já auditor fiscal de carreira, ficou na Receita 20, 30 anos, tem muita experiência na máquina. Ele estava no BID, representando o BID no Brasil em assuntos tributários e, como estamos fazendo esses grandes acordos internacionais – Mercosul, UE, fecharemos com Coréia do Sul, Canadá… –  precisaremos de uma série de acordos tributários e ele é especialista nisso, porque era representante do BID para assuntos de convergência tributaria”, declarou Guedes.

“Dado essa nosso desejo de integração com a economia global, ele traz toda essa bagagem, essa experiência de participação nesses assuntos e, ao mesmo tempo, é um nome de carreira em dentro da Receita, em um momento em que a Receita está sendo disputada, dentro de uma disputa normal de espaço democrático entre poderes”, concluiu.

Tostes ocupará o cargo que era de Marcos Cintra, exonerado no último dia 11. De acordo com o presidente Jair Bolsonaro (PSL), o motivo da demissão foi a tentativa, por parte do ex-secretário, de “tentar recriar a CPFM [Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira]”.

CPMF

Sobre uma possível nova CPMF, Guedes descartou a possibilidade. Segundo ele, a volta do tributo nunca esteve em discussão. “A CPMF morreu junto com qualquer especulação a respeito dela. Ela, na verdade, nunca teve em cogitação conosco, não é da CPMF que estamos falando, nunca foi a CPMF. É um imposto sob transações permitindo uma redução ampla, geral e irrestrita de outras alíquotas, justamente porque tem uma base de tributação diferente”, disse.

O ministro explicou brevemente a ideia: “Você tem uma base de consumo, uma que é renda e patrimônio, e tem uma outra base que são as transações. Então se você tiver três bases, você pode reduzir a alíquota das três. Se você tiver só duas bases, acaba com as alíquotas mais altas”, finalizou.

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