Guedes evita detalhes, mas confirma que reforma da Previdência pode poupar R$ 1 trilhão em 10 anos
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira (5) que o projeto de reforma da Previdência – em fase de elaboração pelo governo federal – deve poupar R$ 1 trilhão em 10 anos. Apesar da informação, resultado de estudos feitos pela equipe do presidente Jair Bolsonaro, ele evitou dar mais detalhes sobre a proposta a ser apresentada na Câmara.
“O presidente está fazendo uma cirurgia, assim que sair [do hospital] vai ver isso. Não adianta mandar uma proposta e ela não ser aceita. Nós estamos calibrando. A ideia é que ela chegue pelo menos a R$ 1 trilhão [economizados]. Isso é o valor, hoje, de 10 anos. O importante é que tenha potência fiscal para resolver o problema”, afirmou.
Guedes se reuniu nesta tarde com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). “Estamos conversando sobre a estrutura da reforma. A Previdência brasileira tem sido uma fábrica de desigualdades, perpetua privilégios e estamos tentando construir uma reforma que atenue isso”, declarou à imprensa, em Brasília.
Para ele, a aprovação é um marco importante para o País, porque “inaugura um novo período”, com novos regimes “trabalhistas e previdenciários”. “Não quero falar muito sobre isso agora, porque está começando. São 96 milhões de brasileiros economicamente ativos e 46 milhões não contribuem, mas vão envelhecer e quebrar a Previdência.”
De acordo com o ministro, que disse que o vazamento de informações à imprensa foi feito para “impedir o progresso”, assim que Bolsonaro tiver alta do Hospital Albert Einstein – em São Paulo -, onde foi internado para reversão de colostomia, o projeto deve ser finalizado e entregue. “Já temos três versões alternativas, com os números”, revelou Guedes.
O problema da reforma
Antes de Guedes falar em entrevista coletiva, Rodrigo Maia afirmou que “o problema da reforma não é a reforma, são as mentiras que se falam” sobre ela. O deputado também fez uma previsão econômica. “Aposto que, se a gente aprovar a Previdência, o Brasil vai crescer nos 12 meses seguintes mais de 6%, pelo PIB [Produto Interno Bruto] que tem hoje.”
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