Guedes: ‘Mercosul virou uma trava para o crescimento e ameaçou a nossa democracia’

  • Por Jovem Pan
  • 06/06/2019 20h07 - Atualizado em 06/06/2019 20h33
Reprodução/Facebook "A palavra de ordem aqui entre o Bolsonaro e o Macri foi justamente a liberdade", disse ministro

Mesmo em visita à Argentina, o presidente Jair Bolsonaro não deixou de fazer a sua tradicional transmissão ao vivo — e o fez junto dos ministros que os acompanharam em viagem: o da Economia, Paulo Guedes, a da Agricultura, Tereza Cristina, e o de Minas e Energia, Bento Albuquerque Junior.

Mais cedo, em encontro com o presidente do país, Mauricio Macri, Bolsonaro afirmou que “faltam pequenos detalhes” para a conclusão de um acordo comercial entre União Europeia e o Mercosul. Ao comentar o encontro na live, Guedes disse que o Mercosul “virou uma trava para o crescimento e ameaçou a nossa democracia”. “A palavra de ordem aqui entre o Bolsonaro e o Macri foi justamente a liberdade. Liberdade econômica e política. Democracia e mercado para o Brasil voltar a crescer de novo. Essa aproximação é para botar o Mercosul para rodar”, afirmou.

A União Europeia e o Mercosul (bloco econômico formado por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela – que está temporariamente suspensa) negociam um acordo de livre comércio há 20 anos. A assinatura foi adiada durante todo esse período em razão, principalmente, da resistência de setores industriais e agrícolas dos dois lados. A expectativa do governo brasileiro é de que um desfecho para a negociação posse ser alcançado ainda neste semestre.

Mudanças na CNH

O presidente também comentou sobre o projeto de lei que enviou para a Câmara sobre a alteração das regras da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e do Código Brasileiro de Trânsito (CTB), criticado por vários setores da sociedade. Segundo ele, as reclamações são porque “o povo brasileiro gosta que o Estado fique no cangote dele”.

Em relação à polêmica de eliminar a multa para o motorista que trafegar sem cadeirinha para transportar crianças, Bolsonaro declarou que, como quem cobra a penalidade é o Contran, os infratores recorrem ao Judiciário e ganham, ou seja, nem a multa e nem a perda de pontos é aplicada. Ele afirmou, assim, que a advertência é “mais do que suficiente” e repetiu que “quem tem responsabilidade são os pais”. “Era zero de multa, zero de penalidade, agora passou a ter a advertência”, completou.

Além disso, o presidente alegou ser uma “grande melhora” o aumento de cinco para 10 anos de validade do documento. “A cada cinco anos, você perdia um dia da sua vida para renovar, agora vai perder um a cada dez anos”.

Ele disse também que o aumento de 20 para 40 de limite de pontos necessários para perder a CNH é “bem vindo”, pois os Detrans não tem como processar o grande número de infrações. Sustentou ainda que vai acabar com o “monopólio do Detran” ao terminar com a exclusividade do órgão de credenciar clínicas médicas para o exame obrigatório.

Para Bolsonaro, as modificações da CNH e do CBT diminuirão o preço da carteira de motorista. “Vamos ajudar o povo que quer dirigir e tirar a carteira.”

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