Hackers invadem celular de relator da Lava Jato no TRF-2

  • Por Jovem Pan
  • 09/06/2019 16h29 - Atualizado em 09/06/2019 17h13
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Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas "Criminosos tentam um tipo de terrorismo eletrônico, para intimidar autoridades", disse desembargador

O desembargador federal Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da 2° Região (TRF2), teve o celular invadido por hackers que utilizaram sua conta no aplicativo de mensagens Telegram. O magistrado é relator de processos judiciais com origem na Operação Lava Jato.

Assim que percebeu a tentativa de invasão, Abel Gomes entrou em contato a Polícia Federal, que está investigando o caso. No ofício que encaminhou à PF, Abel Gomes salientou a necessidade de “esclarecer o grau de comprometimento desta invasão em meu telefone móvel, sistemas eletrônicos, e na minha vida privada e funcional.”

Na avaliação do desembargador, os criminosos “tentam um tipo de terrorismo eletrônico, para intimidar autoridades. Querem fazer uma demonstração de força, mostrar que seriam capazes de entrar na vida privada e até funcional das autoridades”.

O caso ocorreu na última quarta (5) e foi praticado também contra o juiz federal Flávio de Oliveira Lucas, que substituiu o desembargador em algumas ocasiões. Atualmente, Oliveira Lucas responde pela 18ª Vara Federal cível do Rio de Janeiro.

Abel Gomes é relator dos processos das Operações Calicute, Cadeia Velha e Furna da Onça, que têm como réus o ex-governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral Filho, parlamentares da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), além de empresários e agentes públicos.

Na última terça (4), celular do ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro também foi invadido. Os hackers conseguiram utilizar o aplicativo de mensagens do aparelho e chegaram a conversar com contatos do ex-juiz.

Por volta das 18h, ele recebeu uma ligação do seu próprio número e achou estranho, pois atendeu e não havia ninguém do outro lado da linha. A Polícia Federal está investigando o caso. Moro foi obrigado a cancelar a linha.

Agência Brasil
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