Heleno explica declaração polêmica de Bolsonaro sobre morte de músico e diz: ‘O comandante deu uma bobeada’
Na última sexta-feira (12), ao comentar sobre a morte do músico Evaldo dos Santos Rosa, de 51 anos, o presidente da República, Jair Bolsonaro, provocou polêmica ao afirmar que o Exército não havia matado ninguém – o carro que Evaldo dirigia quando morreu foi alvo de pelo menos 80 tiros de fuzil disparados por militares.
Neste sábado (17), o general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), explicou a declaração de Bolsonaro. Durante participação na 1ª Edição do Congresso Olímpico Brasileiro, Heleno defendeu o presidente e reforçou que a instituição Exército não pode ser responsabilizada pela morte do músico.
“O que ele disse foi o seguinte: o Exército não matou ninguém. O Exército é uma instituição que respeita profundamente os valores humanos e nunca matou ninguém. Se aconteceu de alguém morrer naquela ação foi alguém que o Exército vai responsabilizar pela morte. Não foi o Exército que matou”, reforçou.
“Então quererem imputar ao Exército a morte é completamente incoerente com tudo o que acontece no mundo. Quando acontece uma morte numa empresa, não é a empresa que matou. Tem que procurar onde é que teve a falha pra corrigir e alguém vai pagar por isso. É o que ele disse ontem. O Exército sempre procurou o responsável e o responsável vai ser punido, se for o caso”, acrescentou.
Ainda de acordo com Augusto Heleno, a morte de Evaldo não foi fruto de uma ação normal do Exército, e sim de uma “bobeada” do comandante.
“Isso não é uma atitude do Exército normal. Aconteceu né? O comandante deu uma bobeada, os soldados, provavelmente, se aconteceu, não estavam preparados, isso não quer dizer que o Exército avaliza isso”, disse. “Não teve inquérito ainda. Vamos aguardar o inquérito, ver quantos atiraram, quantos fizeram o uso da sua arma de fogo pra atirar no carro, quantos tiros realmente foram, vamos ver… Não foi apurado ainda. Mas tudo indica, pelas circunstâncias, que foi uma bobeada. O próprio ministro da Defesa já disse que foi lamentável. Então ninguém pode comemorar isso”, finalizou.
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