História de luta por índios me qualifica para cuidar da Funai, diz Damares
A futura ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, disse nesta quinta-feira (6) que tem uma “história de luta” pelos direitos dos povos indígenas do Brasil e que isso a “qualifica” para cuidar da questão. Ela é advogada e pastora evangélica.
“A minha história de luta com os povos indígenas me qualifica para estar cuidando também da Funai”, afirmou. A Fundação Nacional do Índio será transferida do Ministério da Justiça para a pasta recém-criada, segundo o ministro da transição, Onyx Lorenzoni.
“Funai não é problema. O presidente [eleito Jair Bolsonaro] só estava esperando o melhor lugar e nós entendemos que é o Ministério dos Direitos Humanos, porque índio é gente e precisa ser visto como um todo. Índio não é só terra”, declarou Damares.
Terras indígenas
Nesta quinta, um grupo de índios foi até o Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília – onde trabalha a equipe de transição de governo -, para entrar um documento que pedia que a Funai permanecesse na pasta de Justiça.
“Nenhum ministério está preparado para lidar com conflitos fundiários, o único é o da Justiça”, avaliou o porta-voz do grupo, Kretã Kayangang. Bolsonaro disse que a mudança seria feita para que o chefe dessa pasta, Sérgio Moro, não ficasse “sobrecarregado”.
Para Damares Alves, é preciso “conversar muito” sobre a demarcação de terras indígenas. Esse tema já foi alvo de inúmeras críticas do presidente eleito, que prometeu não demarcar mais “nenhum centímetro” de terra caso fosse eleito.
“Acredito que quando o presidente falou, ele tinha informações muito importantes, embasamento. Eu, particularmente, questiono algumas áreas indígenas, mas vamos discutir sempre integrados com outros ministérios”, ressaltou a advogada e pastora.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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