Hollande afirma que fisco investigará revelações no escândalo “Panama Papers”

  • Por Agência EFE
  • 04/04/2016 10h59
Ele pediu "justiça climática" entre os países e falou: "Estamos à beira da ruptura. Paris deve ser ponto de partida de uma grande mudança" EFE/THIBAULT CAMUS Declarações de intenções não bastam

O presidente francês, François Hollande, garantiu nesta segunda-feira que o fisco investigará as revelações no escândalo “Panama Papers“, que mostraram centenas de supostos casos de evasão fiscal através da criação de empresas em paraísos fiscais.

Em uma visita a uma empresa em Boulogne-Billancourt, junto a Paris, Hollande considerou em entrevista à imprensa a filtragem como uma “boa notícia”, já que, segundo sua opinião, “vai gerar ingressos fiscais por parte daqueles que defraudaram”.

Na filtragem de 11,5 milhões de documentos de quase quatro décadas do escritório panamenho Mossack Fonseca, aparecem os nomes de personalidades francesas como o ex-jogador e principal responsável da Uefa Michel Platini e o ex-ministro Jerome Cahuzac.

“Todas as informações darão lugar a investigações dos serviços fiscais e a processos judiciais”, prometeu Hollande.

O líder lembrou que ao longo de 2015 a luta das autoridades contra a fraude fiscal permitiu arrecadar 12 bilhões de euros adicionais.

Além disso, Hollande agradeu os meios de comunicação, que fazem “um trabalho útil para a comunidade internacional, correm riscos e devem ser protegidos”.

“Não duvido que nossos investigadores estão completamente preparados a estudar esses expedientes e estes casos para o bem do que é moral e também pelo bem de nossas finanças públicas”, disse.

Em uma primeira reação à aparição de seu nome no “Panama Papers“, Platini, citado como dono de uma “offshore” no Panamá, afirmou que está regular com o fisco suíço, país no qual tem fixada sua residência fiscal desde 2007.

Segundo o consórcio de meios de comunicação que divulgou a informação, Platini se apoiou no escritório panamenho Mossack Fonseca para administrar uma “offshore” criada no Panamá em dezembro de 2007.

Os advogados do ex-jogador indicaram, em comunicado, que “a totalidade das contas e dos bens” de Platini “são conhecidos pela administração fiscal suíça, país no qual é residente fiscal desde 2007”

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