Homologação de delação da Odebrecht é um ato de justiça, afirma OAB

  • Por Estadão Conteúdo
  • 30/01/2017 12h26
LIM01. LIMA (PERÚ), 03/01/2017.- Fotografía del edificio de Odebrecht hoy, martes 3 de enero de 2017, en el distrito San Isidro de Lima (Perú). El pasado miércoles el Departamento de Justicia de Estados Unidos publicó un informe en el que señaló que Odebrecht y algunas de sus filiales pagaron aproximadamente 788 millones de dólares en sobornos en 12 países, incluido Brasil, para obtener contratos públicos. EFE/Germán Falcón EFE/Germán Falcón EFE - Fachada do prédio da Odebrecht em Lima

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, disse nesta segunda-feira (30) que a homologação da delação de 77 executivos e ex-executivos da empreiteira Odebrecht é um “ato de justiça” que mostra à sociedade brasileira que o julgamento do esquema de corrupção investigado no âmbito da Operação Lava Jato “não será interrompido”. 

“A homologação é um ato de justiça não apenas à memória do ministro Teori Zavascki, mas de garantia à sociedade de que o julgamento da Lava Jato não será interrompido ou mesmo atrasado, beneficiando corruptos e corruptores”, disse Lamachia, em nota enviada à imprensa.

Na avaliação de Lamachia, é preciso que fique “bastante claro” para a sociedade brasileira o “papel de cada um dos envolvidos” no esquema de corrupção, independentemente de eles integrarem os quadros da iniciativa privada ou serem agentes públicos. “Nessas horas, a luz do sol é o melhor detergente”, concluiu Lamachia.

Durante o velório do ministro Teori Zavascki, no dia 21, Lamachia já havia defendido a homologação das delações da Odebrecht pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, no intuito de não atrasar as investigações. 

Cármen homologou as delações durante o recesso do Poder Judiciário, período no qual trabalha em regime de plantão despachando casos considerados mais urgentes. 

A decisão de Cármen – de fazer ela mesma a homologação – foi feita depois de o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ter pedido de urgência na análise e homologação das delações da Odebrecht. Cármen não retirou o sigilo das delações.

O STF informou na manhã desta segunda-feira que a documentação das delações será enviada ainda hoje à Procuradoria-Geral da República (PGR).

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