Human Rights se recusa a chamar processo de “golpe”

  • Por Estadão Conteúdo
  • 30/08/2016 08h00
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Brasília- DF 29-08-2016 Presidenta Dilma faz sua defesa no plenário do senado. Foto Lula Marques/Agência PT Lula Marques/AGPT Dilma

“Os brasileiros devem estar orgulhosos do exemplo que estão dando ao mundo por sua capacidade decontrariar o poder político e empresarial, de atuasem dois pesos e duas medidas”. A avaliação é do diretor executivo para aAméricas da Human Rights Watch, entidade de defesa dos direitos humanos com sede em Washington, José Miguel Vivanco.

O diretor executivo, que está no Brasil, “não vê futuro” na ação do PT na Comissão de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), denunciando um “golpe”.

“Nunca o caracterizamos como golpe nem o faremos”, disse Vivanco, que nasceu no Chile. “O Brasil enfrenta uma crise política muito profunda e lida com ela dentro do quadro constitucional. Os aspectos técnicos de Orçamento não são nossa especialidade, e a discussão tem aspectos jurídicos e políticos, mas, de acordo com a Constituição, quem tem esse dever é o Congresso, e a maior evidência de que o processo está sendo conduzido de forma constitucional é que a presidente Dilma Rousseff compareceu nesta segunda-feira, 30, e está fazendo sua defesa.”

Para Vivanco, que acompanha de perto aações na Comissão da OEA, em Washington, a ação do PT “não tem base jurídica, mas reflete a reação previsível de um partido político prestes a perder poder e que se utiliza de todaas instâncias e canais a que possa ter acesso”. O especialista acrescentou: “O Brasil está dando lições valiosíssimaa esta região, ao mostraa importância de ter um Poder Judiciário independente, que exerce suas missões e defende seus foros à margem de cálculos políticos oportunistas”. As informações são do jornaO Estado de S. Paulo.

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