IBGE: 43% dos domicílios receberam benefícios de proteção social em junho

Os dados constam da PNAD Covid-19 Mensal divulgada nesta quinta-feira (23), no Rio de Janeiro

  • Por Jovem Pan
  • 23/07/2020 12h40 - Atualizado em 23/07/2020 12h41
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Um celular logado no aplicativo da Caixa para o recebimento do auxílio emergencial Nos estados das regiões Norte e Nordeste, o percentual de domicílios beneficiados com auxílio emergencial ultrapassou 45%

Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que cerca de 29,4 milhões de domicílios brasileiros, ou seja, 43% do total, receberam, em junho deste ano, algum tipo de medida de proteção social para enfrentar a crise causada pela pandemia do novo coronavírus, como o Auxílio Emergencial e o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda. Na comparação com o mês anterior, foram mais 3,1 milhões de lares beneficiados.

No mesmo mês, quase 50% da população, aproximadamente 104,5 milhões de pessoas, moravam em domicílios nos quais pelo menos um integrante recebeu auxílio. Segundo o diretor-adjunto de pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, foram distribuídos R$ 27,3 bilhões, sendo que metade da população brasileira, formada pelos estratos mais baixos de renda, recebeu 75,2% das transferências. “Direta ou indiretamente, esse contingente pode ter sido beneficiado com auxílio”, disse.

Os dados constam da PNAD Covid-19 Mensal, divulgada nesta quinta-feira (23), no Rio de Janeiro. Nos estados das regiões Norte e Nordeste, o percentual de domicílios beneficiados com auxílio emergencial ultrapassou 45%. No Amapá e no Maranhão, a proporção de beneficiados foi superior a 65%. Já em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, a cobertura do programa não alcançou 30% dos domicílios.

O maior impacto do auxílio emergencial foi sobre a primeira faixa de renda, onde estão 10% da população que residem em domicílios com renda domiciliar de até R$ 50,34. Segundo o levantamento, dessa faixa, 17,7 milhões moram em lares que receberam o benefício. Para essas pessoas, a renda domiciliar per capita passou de R$ 7,15 para R$ 271,92, uma diferença de 3.705%.

Já na segunda faixa de renda, o benefício chegou a 86,1%, o que corresponde a 18,2 milhões dos 21 milhões de pessoas que residiam nas casas onde pelo menos uma pessoa recebeu o auxílio. De acordo com o IBGE, o impacto nessa faixa ficou em 150%. A renda passou de R$ 150,88 para R$ 377,22.

Na visão de Cimar Azevedo, isso mostra que o programa teve grande impacto sobre os rendimentos das pessoas mais vulneráveis, que, na ausência do benefício, viveriam com R$ 354,18 ou menos. “O auxílio emergencial atingiu cerca de 80% dos domicílios nas duas primeiras faixas de renda e cerca de três quartos dos domicílios da terceira faixa. Isso demonstra a importância do programa na renda domiciliar per capita dos domicílios dos estratos de renda mais baixos”, completou.

O auxílio emergencial do governo federal é destinado a trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEIs), autônomos e desempregados, com renda domiciliar per capita de até R$ 522,50 ou a renda total do domicílio que não ultrapasse a três salários-mínimos (R$ 3.135). A finalidade do auxílio é reduzir os impactos do novo coronavírus na economia brasileira.

*Com informações da Agência Brasil 

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