IBGE aponta que Brasil fechou 2022 com 7,4 milhões de pessoas em teletrabalho

Estudo aponta maior adesão ao trabalho remoto entre pessoas brancas, mulheres, moradores da região Sudeste, funcionários com ensino superior e empregados de 25 a 39 anos

  • Por da Redação
  • 25/10/2023 11h47 - Atualizado em 25/10/2023 11h49
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Pexels/Pixabay braço de uma pessoa segurando um celular em frente a um notebook Teletrabalho foi mais comum entre 25 e 39 anos, com 9,7% adotando essa modalidade

A pandemia do Covid-19 causou uma revolução no mercado de trabalho e popularizou formas de atuação remotas. É o que aponta estudo realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgado nesta quarta-feira, 25. De acordo com os dados, um em cada quatro brasileiros com ensino superior completo adotou o trabalho remoto no ano passado. No total, dos 96,7 milhões de empregados ocupados que não estavam afastados do trabalho, 7,4 milhões estavam em teletrabalho no país, o que representa 7,7%. Os dados compõe o estudo Teletrabalho e trabalho por meio de plataformas digitais 2022 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) e mostram que a mudança no ambiente de trabalho evidenciou as desigualdades entre os profissionais, com diferenças mais acentuadas de acordo com o nível de instrução. Enquanto 23,5% dos profissionais com ensino superior completo trabalharam remotamente, apenas 0,6% das pessoas sem instrução ou com ensino fundamental incompleto tiveram acesso à modalidade.

Os dados também mostram que a proporção de mulheres que realizaram teletrabalho foi maior do que a dos homens, com 8,7% das mulheres ocupadas adotando o home office, em comparação com 6,8% dos homens. Além disso, a população branca teve uma participação maior no teletrabalho, com 11% adotando essa forma de trabalho. Negros e pardos a proporção é de 5,2% e 4,8%, respectivamente. Em relação às regiões do país, o estudo revela que o teletrabalho teve maior participação na região Sudeste, com 9,7% dos ocupados nessa modalidade. As regiões Sul e Centro-Oeste também tiveram percentuais significativos, com 7,4% e 7,1%, respectivamente. Já as regiões Norte e Nordeste apresentaram percentuais mais baixos, com 4,1% e 5,2%, respectivamente.

No que diz respeito à faixa etária, é possível concluir que o teletrabalho foi mais comum entre 25 e 39 anos, com 9,7% adotando essa modalidade, enquanto entre os idosos com 60 anos ou mais, a proporção foi de 6,1%. Em termos de formação acadêmica, a maioria dos teletrabalhadores possuía ensino superior completo, representando 69,1% do grupo. Apenas cerca de 5% dos teletrabalhadores não possuíam ensino médio completo, enquanto 26,8% tinham concluído o ensino médio ou possuíam ensino superior incompleto.

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