Ibirapuera tem grande movimentação no primeiro dia de reabertura
Parques em São Paulo poderão reabrir com horário reduzido e apenas nos dias de semana
No primeiro dia de funcionamento desde o fechamento por causa da Covid-19, o parque do Ibirapuera de São Paulo, na zona sul, teve grande movimentação na manhã desta segunda-feira (13). Desde as primeiras horas da manhã, centenas de pessoas caminhavam, corriam e pedalavam, as únicas atividades permitidas nesse estágio da reabertura. O uso obrigatório de máscara, no entanto, gerou reclamações. Com dificuldade para correr e se exercitar com a proteção, muitos abaixavam ou simplesmente tiravam a máscara, atitude frequentemente corrigida pelos fiscais municipais.
Juntamente com o parque do Carmo, na zona leste, o Ibirapuera foi o único a reabrir às 6h desta segunda-feira. Os outros parques retomaram as atividades a partir das 10h. Serão setenta parques municipais e outros nove endereços estaduais reabertos. Os parques funcionam em horário restrito, até 16h, e apenas em dias úteis, com acesso fechado a bebedouros, espaços de esportes coletivos, equipamentos de ginástica e parquinhos infantis. Atividades em grupo também são proibidas.
A retomada dos parques trouxe uma reclamação: o uso de máscaras durante a atividade física. Muitos frequentadores relataram incômodo de usar o equipamento durante a prática. As reclamações vão desde o desconforto no uso – a máscara fica caindo e se umedece rapidamente – até a dificuldade para respirar. “É quase impossível correr com máscara. Precisamos nos adaptar”, diz o securitário Thiago Pereira, de 40 anos. “Eu percebi que meu desempenho caiu. Corro 10 quilômetros, mas a partir do sétimo e oitavo, eu já estava com dificuldades para respirar. Parece que o ar não vem”, completa o morador do Paraíso (zona sul).
Fiscais da prefeitura orientavam o público sobre o uso correto da máscara. Nesse momento da flexibilização da quarentena, não há multa. Apenas orientação. “Tem muita gente sem máscara. A gente corre o risco de ter o parque fechado de novo se continuar assim”, diz a administradora Marcelle Noronha, de 38 anos. A funcionária pública Ana Paula Galletto Machado, de 44 anos, estava mais conformada. “Eu prefiro correr com a máscara a ficar sem o parque aberto”, disse a corredora.
*Com Estadão Conteúdo
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