Idade mínima para aposentadoria de mulheres será de 62 anos, confirma relator

  • Por Jovem Pan
  • 18/04/2017 11h48
Brasília - O deputado Arthur Maia fala sobre a reforma da previdência social (José Cruz/Agência Brasil) José Cruz/Agência Brasil Deputado Arthur Maia - ABR

O relator da reforma da Previdência, Artur Maia (PPS-BA), confirmou nesta terça-feira (17) que no seu texto final da proposta de mudança nas aposentadorias, a idade mínima para mulheres se aposentarem será de 62 anos.

A escolha pela modificação do texto original foi anunciada no café da manhã de Michel Temer com a base aliada. A definição pela idade ser menor que a dos homens atendeu ao apelo da bancada feminina, que havia pressionado o presidente.

A diminuição é mais um recuo do Governo no que se trata da reforma previdenciária. A ideia inicial era de que a idade mínima para homens e mulheres fossem as mesmas: 65 anos.

Por conta da discussão sobre a idade mínima das mulheres, o presidente da comissão especial da reforma da Previdência na Câmara, deputado Carlos Marun (PMDB-MS) adiou a leitura do relatório para esta quarta-feira (19).

O adiamento deu-se porque o relator pediu um tempo maior para fazer os cálculos de impacto da alteração.

O relatório será lido às 9h desta quarta. De acordo com o presidente da comissão, o adiamento não altera o cronograma de votação já proposto, e que deve acontecer na próxima semana.

Segundo Arthur Maia, além de precisar fazer novos cálculos, parte do relatório ainda não está completa.

Em reação à idade mínima anunciada para as mulheres, o deputado federal, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (Solidariedade-SP), deixou o café da manhã com o presidente Michel Temer e deputados da base aliada dizendo que – como representante da central sindical – não está satisfeito com o texto da reforma da Previdência apresentado na manhã desta terça-feira pelo relator.

Para Paulinho, mesmo reduzindo a idade mínima das mulheres para 62 anos ainda há insatisfações. “62 anos para as mulheres ainda é muito e 65 anos para os homens é inaceitável”, disse.

Paulinho afirmou ainda que a Força Sindical prepara para o próximo dia 28 uma paralisação contra as reformas de Temer.

*Informações do repórter Levy Guimarães e Estadão Conteúdo

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