Idosa é resgatada após trabalhar por 72 anos em condições análogas à escravidão

Quando foi resgatada, idosa trabalhava como cuidadora da dona da casa e dormia em sofá ao lado do quarto; ela não casou e nem teve filhos

  • Por Jovem Pan
  • 13/05/2022 13h51
Pixabay Escravo Desde que foi resgatada, ela está sob os cuidados da Prefeitura do Rio de Janeiro

Auditores fiscais do Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho no Rio de Janeiro (SRTb/RJ) resgataram uma idos que viveu 72 anos em condições análogas à escravidão. Segundo o Ministério do Trabalho, a idosa, que não teve a identidade revelada, foi resgatada no dia 15 de março após uma denúncia anônima. De acordo com o órgão, a vítima passou a vida inteira trabalhando para a família sem receber nenhum salário ou benefícios trabalhistas. Quando foi resgatada, a idosa trabalhava como cuidadora da dona da casa, dormindo em um sofá na entrada do quarto principal. Ela não casou, não teve filhos e, ao longo dos anos, perdeu contato com familiares. Desde que foi resgatada, ela está sob os cuidados da Prefeitura do Rio.

A Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) informou que até 13 de maio, dia em que se comemora a Abolição da Escravatura, de 2022, as ações do órgão resgataram 500 trabalhadores que eram mantidos em condições análogas à escravidão. Desde janeiro, foram realizadas 61 ações de fiscalização, sendo que em 38 (62%) foi caracterizado trabalho análogo à escravidão. Em apenas uma ação realizada em Minas Gerais, 273 trabalhadores foram resgatados. Aproximadamente 44% das ações foram feitas pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) para a Erradicação do Trabalho Análogo à Escravidão. Já sobre o perfil social das pessoas, os dados mostram que 95% são homens; 31% tem entre 30 e 39 anos e 49% vivem no Nordeste. Em relação ao grau de instrução, 23% disseram ter até o 5º ano incompleto enquanto outros 17% cursaram do 6º ao 9º ano incompletos.

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