Indicação para cargos respeitará competência e probidade, diz Pepe Vargas

  • Por Agência Brasil
  • 08/01/2015 16h29

O ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas, declarou há pouco que a composição de cargos do governo, de indicação da presidenta Dilma Rousseff, vai seguir três critérios específicos. Em entrevista a jornalistas, a primeira convocada depois que assumiu o cargo, o novo ministro evitou comentar a eleição da Câmara dos Deputados, mas disse que o “ideal” seria que os partidos que compõem a base de apoio ao governo formassem apenas um bloco.

“Queremos que as indicações tenham competência e capacidade de gestão para as funções que devem ser ocupadas”, declarou Pepe Vargas. Os outros dois quesitos são o histórico de probidade das pessoas indicadas e o “equilíbrio entre os partidos da coalizão que elegeu a presidenta Dilma”. 

Na semana passada, ao tomar posse para mais quatro anos de mandato, a presidenta nomeou 20 novos ministros, manteve 15 nas mesmas funções e remanejou quatro. Todo o segundo escalão ainda falta ser preenchido. Após descrever os critérios, Vargas evitou comentar a possibilidade de troca no comando do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e não se referiu a nenhum cargo específico.

Apesar de entender que o governo não interfere nas questões administrativas que envolvem as eleições para o Poder Legislativo, ele disse: “Achamos que o ideal é que os partidos que compõem a nossa coalizão que elegeu a presidenta Dilma formassem um bloco unitário na Câmara dos Deputados. Nossa posição é que o ideal seria um grande bloco”. Os deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Júlio Delgado (PSB-MG) concorrem ao cargo, a ser disputado no início de fevereiro.

Ainda segundo Vargas, relatos de insatisfações com algum cargo são encarados naturalmente. “Não conheço nenhum governo na face da terra que eventualmente não possa ter uma queixa, isso é dentro da normalidade”.

O ministro também voltou a defender que não há necessidade de criar uma nova comissão parlamentar de inquérito para investigar os escândalos de corrupção na Petrobras. “Entendemos que em um país que tem Ministério Público que atua, CGU [Controladoria-Geral da União] que atua, um Judiciário que atua e Polícia Federal que atua, isso é muito mais eficiente e não há necessidade de CPI [comissão parlamentar de inquérito]. Alguém aqui sustenta que esses quatro órgãos não serão sendo eficientes e atuantes no combate à corrupção? Se tem alguém que entende que elas não funcionam, que venham sustentar isso. Achamos que elas funcionam e estão sendo eficientes no combate à corrupção”, disse.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.