Intervenção em Roraima: ‘É curta, mas é inadiável’, diz Jungmann

  • Por Jovem Pan
  • 08/12/2018 09h29 - Atualizado em 08/12/2018 13h17
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Agência Brasil A intervenção federal foi anunciada pelo governo nesta sexta-feira (7)

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou neste sábado (8) que embora a intervenção federal em Roraima seja curta, ela é “inadiável”. A intervenção foi anunciada nesta sexta-feira pelo presidente Michel Temer e deve ocorrer té o dia 31 de dezembro.

“O estado foi passo a passo perdendo o controle, o que é inaceitável”, disse Jungmann em entrevista ao programa Jornal da Manhã, da Jovem Pan.

Segundo o ministro, dois motivos foram considerados para que a decisão fosse tomada: o atraso no salário de agentes de segurança pública e a segurança da população. Há três meses o governo não paga o salário de policiais e agentes penitenciários, o que levou à greve da categoria. Consequentemente, os roraimenses ficaram “à mercê da criminalidade”.

“A situação se agravou quando a governadora do estado suspendeu o pagamento da fornecedora de alimento para presos”, disse Jungmann. Além disso, de acordo com ele, o governo não poderia assumir essas despesas por causa Lei de Responsabilidade Fiscal. “Então, o governo federal não tinha como normalizar a situação”, explicou depois de informar que os custos chegam a R$ 160 milhões.

O ministro descartou que os imigrantes venezuelanos estejam entre os motivos para o pedido de intervenção. “Depois das eleições, quando se fez um GLO [Garantia da Lei e da Ordem] para evitar os conflitos que estavam se acirrando, a situação ficou normalizada em termos de refugfiados”, disse.

Diferenças com a internvenção no RJ

O ministro Raul Jungmann explicou também as diferenças entre a intervenção federal no Rio de Janeiro, em vigor desde fevereiro deste ano, com a intevenção decretada em Roraima. Segundo ele, no primeiro estado, a intevenção é voltada apenas à segurança pública, enquanto que em Roraima, todas os setores do estado serão retirados das mãos da governadora Suely Campos (Progressistas).

“No caso de Roraima, a intervenção tem uma amplitude integral. Ela remove todo o governo [estadual] e é o governo federal que passa a ser o governador do estado”, explicou.

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