Interventor apresenta plano estratégico para comissão da Câmara

  • Por Agência Brasil
  • 18/06/2018 16h42
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Marcelo Camargo/Agência Brasil No encontro, o general Walter Braga Netto fez um balanço dos 100 primeiros dias da intervenção na segurança pública no Rio de Janeiro

O Gabinete de Intervenção Federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro entregou seu plano estratégico a deputados federais que fazem parte da comissão externa da Câmara dos Deputados que acompanha a intervenção federal durante uma reunião no Comando Militar do Leste na manhã desta segunda-feira (18). No encontro, que durou cerca de três horas, o interventor federal, general Walter Braga Netto, e o secretário de Segurança, general Richard Nunes, também fizeram um balanço dos 100 primeiros dias da intervenção federal.

A reunião foi fechada à imprensa e fez parte dos compromissos da comissão externa da Câmara. Coordenador do grupo, deputado Hugo Leal (PSD-RJ), disse que a comissão parlamentar agora vai fazer uma avaliação sobre o plano estratégico e deve marcar uma audiência ampla na Câmara dos Deputados, com a participação de autoridades fluminenses.

“Vamos nos debruçar para avaliar onde podemos colaborar com esse plano estratégico”, disse Hugo Leal. Para ele, houve mais avanços que retrocessos no período da intervenção. “Estamos falando de um pouco mais de 100 dias e começamos a sentir alguns resultados. Agora, resultados imediatos, com comparação de estatisticas, isso vem com o tempo”.

Deixar legado

A opinião de Hugo Leal não foi unânime na comissão. Alessandro Molon (PSB-RJ) também participou da reunião e avaliou que os 100 dias da intervenção apresentaram resultados aquém dos esperados pela população. “O pior é a preocupação de não conseguirmos ver realizadas as medidas estruturantes para que, de fato, seja deixado um legado para o Rio de Janeiro. Essa é nossa maior preocupação”, disse Molon.

O deputado disse que o Regime de Recuperação Fiscal está entre as dificuldades relatadas pelo secretário de Segurança Pública durante a reunião. O acordo com a União foi assinado por causa da crise fiscal do estado e previu algumas restrições, por exemplo, à realização de concursos públicos.

“Não é razoável que a gente tenha demandas urgentes que toquem em direitos fundamentais das pessoas do Rio de Janeiro, como segurança e saúde, no que diz respeito à proteção da vida. Não é possível que isso fique sujeito a números. É necessário garantir recursos pelo menos para essas áreas e a educação”.

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