Investigação sobre mesada da JBS a Marta Suplicy é enviada à Justiça Eleitoral por Celso de Mello
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, enviou à Justiça Eleitoral de São Paulo uma investigação que mira supostos pagamentos de caixa dois para campanhas eleitorais da ex-senadora Marta Suplicy (MDB-SP) em 2010 e 2016 , além de uma suposta mesada de R$ 200 mil. O pedido acolhe parecer da Procuradoria-Geral da República.
Segundo o executivo Joesley Batista, da J&F – que controla a JBS -, Marta solicitou R$ 1 milhão em doação para campanha ao Senado em 2010. Metade do valor doado foi declarado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o restante, pago em espécie. Entre 2015 e 2016, para a campanha à Prefeitura, o delator afirma ter pago uma mesada de R$ 200 mil.
Os pagamentos foram intermediados por outro executivo, Florisvaldo Caetano. A procuradora-geral Raquel Dodge pediu que seja reconhecida a prescrição do caso em relação às citações de 2010 e que apurações sobre a mesada sejam enviadas ao Tribunal Regional Eleitoral, para posterior distribuição à vara competente na primeira instância.
O ministro, no entanto, afirmou que “competirá à própria Justiça Eleitoral de primeira instância apreciar o pleito formulado pela chefe do Ministério Público da União” relacionado à prescrição. Com mandato encerrado e sem ter sido reeleita para nenhuma outra função, Marta Suplicy perdeu o direito ao foto privilegiado. Ela não se manifestou.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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