Irmão de Dirceu, Luiz Oliveira recebia R$ 30 mil mensais de Pascowitch

  • Por Jovem Pan
  • 07/08/2015 22h03

 Luiz Eduardo Oliveira e Silva Suellen Lima/Frame/Folhapress Luiz Eduardo Oliveira e Silva

O irmão do ex-ministro José Dirceu, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, ambos presos pela Operação Lava Jato, reconheceu que recebeu entre 2012 e 2013 “cerca de R$ 30 mil” por mês. O depoimento foi tomado na última segunda-feira (03), durante a Operação Pixuleco, 17ª fase da Lava Jato. As informações são da Folha de S. Paulo.

O dinheiro era dado pelo lobista Milton Pascowitch.

As revelações ocorreram porque o delegado da Polícia Federal (PF) Márcio Adriano Alselmo, descreveu partes do relato de Luiz Eduardo no pedido de prorrogação temporária, aceito nesta sexta pelo juiz Sérgio Moro.

Estão no mesmo pedido Roberto Marques, ex-assessor de Dirceu, além de Pablo Kipermist. Os três deverão ficar presos no mínimo até o dia 12.

Os empresários Julio Cesar dos Santos e Olavo de Moura Filho, por outro lado, foram soltos.

“(Luiz Eduardo) aparentemente admitiu vários fatos relevantes para as investigações, como, ilustrativamente, o recebimento de pagamentos mensais de R$ 30 mil de dinheiro em espécie de Milton Pascowitch, embora o depoente alegue que não conhecia a origem ou o motivo dos pagamentos”, diz o documento.

O irmão também conta que Dirceu fazia viagens em aeronaves registradas em nome do executivo, lobista e delator Julio Camargo. Luiz diz que “não sabia” o porquê do uso dos aviões.

Luiz Eduardo também falou sobre o papel da consultora Zaida Sisson de Abreu, que mora no Peru e teria sido usada pela empresa de Dirceu para intermediar negócios de empresas como OAS, Galvão Engenharia, Queiroz Galvão e UTC Engenharia.

Outro contrato, firmado entre a JD (empresa de Dirceu) e a Telemidia em 2011, estipulado em R$ 50 mil, não teria prosperado segundo o irmão de Dirceu. O objetivo era “prospecção de trabalho de informática em Cuba”.

Segundo Luiz Eduardo ainda, um empresário chamado Charles Tang “pediu para que Dirceu pedisse” ao vice-presidente da República Michel Temer “que fosse incluído em comissão que viajaria à China para tratar de negócios”. A assessoria de Temer nega e diz que ele não conhece nenhum Tang.

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