Itamaraty pede à Rússia extradição de suspeito de ataque à sede do Porta dos Fundos, diz jornal
O Ministério das Relações Exteriores está em contato com as autoridades da Rússia para que o carioca Eduardo Fauzi Richard Cerquise seja extraditado para o Brasil. O economista e empresário é acusado de ser um dos responsáveis pelo ataque à sede da produtora Porta dos Fundos, que ocorreu na semana do Natal.
Segundo informações do jornal O Globo, fontes no Itamaraty revelaram um acordo feito entre emissários brasileiros e diplomatas russos nesta segunda-feira para que a extradição seja feita nos próximos dias. Em entrevista concedida a BandNews, Fauzi declarou que pretende se entregar no fim de janeiro.
Fauzi embarcou para a casa da namorada em Moscou, na Rússia, em 29 de dezembro, após saber da solicitação de um pedido de prisão em seu nome. O pedido foi feito pela Polícia Civil do Rio de Janeiro em 30 de dezembro. Para a Justiça brasileira, ele é considerado foragido.
O tratado bilateral de extradição Brasil-Rússia exige a decretação da prisão ou uma condenação de pena privativa de liberdade pela Justiça. O Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), do Ministério da Justiça, analisou o pedido de extradição após receber solicitação do juiz do caso. O requerimento, que segundo fontes estava de acordo com a lei de extradição, foi então encaminhado ao Itamaraty, órgão responsável pela formalização do pedido à Rússia.
Ainda na entrevista, Fauzi afirmou que a viagem havia sido programada com antecedência para visitar a filho, que vive na capital russa, e que ele deve se entregar para as autoridades brasileiras no fim do mês. No entanto, o empresário disse também que se sentir inseguro, não irá cumprir com o prometido. Apesar de ter passagem comprada para o dia 29 de janeiro, o ele entrou com um pedido de asilo político à Rússia na semana passada.
O empresário defendeu o ataque à produtora. “A gente tem uma ofensa real ao sentimento palpável. A resposta foi mais do que justa. Foi preparada para isso. Estou pronto para abraçar as consequências do homem que eu sou. Eu estou lendo o ambiente, eu estou lendo a situação a distância. Se eu sentir que minhas seguranças pessoais e físicas estão em perigo, eu vou optar por não me apresentar neste momento, mas, em princípio, os meus planos são realmente estar retornando dia 30 de janeiro”, disse.
Sobre sua participação no ataque, Fauzi não deu nenhuma informação sob a justificativa de ser uma estratégia de defesa.
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