Janaina Paschoal critica PT por não pedir fim de sigilo de grampos do PCC

Integrantes da facção atacaram Moro e citaram o PT, dizendo que o partido “tinha diálogo com nóis cabuloso”

  • Por Jovem Pan
  • 12/08/2019 17h16
Bruno Rocha/Estadão Conteúdo Deputada Janaina Paschoal falando em microfone. O rosto está focado, de perfil, a boca aberta e os cabelos longos e lisos para trás. Usa blusa de renda azul "Ué, o PT vai processar Deus e todo mundo, por divulgar e comentar o áudio do diálogo cabuloso com o crime?", questionou a deputada

A deputada federal Janaína Paschoal (PSL) defendeu, nesta segunda-feira (12), a quebra do sigilo da investigação da operação da Polícia Federal que prendeu, na última semana, a cúpula do PCC e bloqueou 400 contas bancárias por onde circulava dinheiro do tráfico.

Ela fez menção a um grampo telefônico em que os integrantes da facção atacavam o ministro da Justiça, Sergio Moro, e citavam o PT. “O PT tinha diálogo com nóis cabuloso”, dizia o diálogo. A deputada afirmou que “seria lógico retirar o sigilo da investigação” e que “o PT deveria ser o primeiro a solicitar isso”.

Além disso, ela fez uma comparação com as conversas divulgadas pelo site The Intercept Brasil, de supostas conversas entre Moro e o procurador e coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná, Deltan Dallagnol. “Com meses de divulgação dos diálogos do Intercept, não encontramos nenhum crime”, avaliou Janaína. “Vamos ver a íntegra das interceptações referentes ao diálogo cabuloso. Quanto mais transparência melhor! Não é assim?”

“Ué, o PT vai processar Deus e todo mundo, por divulgar e comentar o áudio do diálogo cabuloso com o crime? Ao mesmo tempo, defende que o conteúdo das mensagens hackeadas seja de livre acesso? Qual a lógica disso?”, questionou.

PT disse que foi ‘armação’

Procurado pela reportagem na semana passada, o PT afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, se tratar de “mais uma armação como tantas outras forjadas” contra o partido. Segundo a legenda, o caso “vem no momento em que a Polícia Federal está subordinada a um ministro acuado pela revelação de suas condutas criminosas”. ”

“Quem dialogou e fez transações milionárias com criminosos confessos não foi o PT, foi o ex-juiz Sergio Moro, para montar uma farsa judicial contra o ex-presidente Lula com delações mentirosas e sem provas”, disse o partido em nota. Para a sigla, “é Moro que deve se explicar à Justiça e ao país pelas graves acusações que pesam contra ele”.

* Com informações do Estadão Conteúdo

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