Janot diz que Cunha é “agressivo” e pede ao STF que aceite denúncia

  • Por Jovem Pan
  • 16/02/2016 14h56
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Brasília - Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, se reúne com líderes dos partidos na Câmara (Marcelo Camargo/Agência Brasil) Marcelo Camargo/Agência Brasil Eduardo Cunha

Em manifestação ao Supremo Tribunal Federal, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) “sempre se mostrou (…) extremamente agressivo e dado a retaliações a todos aqueles que se colocam em seu caminho a contrariar seus interesses”.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, Janot afirmou que há “robustos elementos” que comprovam que o peemedebista recebeu propina. O procurador-geral rejeitou também os argumentos de defesa de Cunha para que o inquérito fosse paralisado e pediu que o STF aceite a denúncia apresentada em agosto pela PGR. A denúncia acusa Cunha de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Janot, ao defender a validade da delação do lobista Julio Camargo, classificou Cunha de “extremamente agressivo” e disse ser justificável que o delator não tenha citado o presidente da Câmara, anteriormente, por medo de retaliação.

A denúncia, na avaliação de Rodrigo Janot, “está baseada em inúmeros e robustos elementos que apontam, de maneira uniforme, para o recebimento de valores por parte de Eduardo Cunha”. Entre tais elementos estariam, segundo Janot, os depoimentos de três delatores, voos pagos como forma de propina e informações de que requerimentos da Câmara foram patrocinados por Cunha.

A peça da PGR vem como resposta à defesa do peemedebista e será usada pelos ministros do STF para avaliar se aceitam ou não abrir ação penal contra Eduardo Cunha. No entanto, ainda não há data para que o recebimento da denúncia seja votado no Supremo.

*Informações do jornal Folha de S. Paulo

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