Janot encaminha ao STF pedidos de investigação de irregularidades nas campanhas de Dilma e Lula

  • Por Jovem Pan
  • 05/09/2015 13h58
Reprodução dilma e lula

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao STF pedidos de investigação de irregularidades nas campanhas do ex-presidente Lula, em 2006, e da presidente Dilma Rousseff, em 2010 e 2014, de acordo com fontes com acesso às investigações. 

A solicitação possui como base os depoimentos de Ricardo Pessoa, dono da UTC, que falou em delação premiada sobre o esquema de pagamento de propinas nas obras da Petrobras e sobre os pagamentos feitos a campanhas políticas. Pessoa revelou em delação ter repassado R$ 3,6 milhões, entre 2010 e 2014, para o ex-tesoureiro da campanha de Dilma, José de Filippi, e para o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, segundo revelou o jornal O Estado de S. Paulo, em junho.

O delator também mencionou à época doações à campanha de Lula em 2006. Segundo ele, para manter contratos na Petrobras, havia de repassar parte do valor como propina para campanhas do Partido dos Trabalhadores.

A PGR encaminhou ao gabinete do ministro do STF, Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato, os pedidos para que se apurem as irregularidades nas campanhas, que são mantidos como ocultos no sistema do Tribunal.

Neste primeiro momento, o pedido de investigação recai sobre os coordenadores responsáveis pelas campanhas. Possíveis investigados, bem como o teor das peças e a delação de Pessoa permanecem sob sigilo.

No ano de 2006, a campanha do ex-presidente Lula teve como coordenador o atual ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini e o assessor especial do Planalto, Marco Aurélio Garcia. Em 2014, o coordenador foi o presidente do PT, Rui Falcão. O partido afirmou em nota que “todas as doações que o PT recebeu foram realizadas estritamente dentro dos parâmetros legais e foram posteriormente declaradas à Justiça Eleitoral”.

Na semana passada, Janot determinou o arquivamento de investigação por suspeitas de irregularidades na campanha de Dilma em 2014. O caso tinha sido enviado ao procurador-geral da República pelo ministro Gilmar Mendes, relator das contas de campanha da presidente no TSE.

*Com informações do joornal O Estado de S. Paulo

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