Janot pede ao Supremo que envie caso de Lula e Delcídio a Sérgio Moro

  • Por Jovem Pan
  • 10/06/2016 21h58
Fotos Públicas/EFE/Montagem Delcídio e Lula

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal que remeta ao juiz Sérgio Moro as investigações referentes ao ex-presidente Lula e ao ex-senador Delcídio Amaral. Em delação premiada, o ex-senador acusou o petista de tentar evitar que Nestor Cerveró colaborasse com a Lava Jato.

Em maio deste ano, Lula foi denunciado por obstrução das investigações da Operação Lava Jato. A acusação formal feita pela PGR foi incluída na denúncia contra o ex-senador. Como Delcídio era senador, cabia ao Supremo investigar. Agora, com sua cassação, a Procuradoria-Geral da República entendeu que o caso deveria ir para primeira instância, no entanto, ainda cabe ao relator da Lava Jato, ministro teori Zavascki, decidir.

Segundo a Globo, o pedido de Janot é para que Lula e Delcídio e mais cinco pessoas passem a ser investigados pela Justiça Federal do Paraná. Este é o primeiro pedido da PGR para que uma investigação contra um ex-presidente passe para as mãos de Moro.

As investigações anteriores contra Lula na Lava Jato – sítio de Atibaia e triplex no Guarujá, além do pedido para que ele seja incluídio no maior inquérito da operação – seguem no STF. Em qualquer um dos casos, se houver novos pedidos por parte de Janot, cabe a Teori Zavascki a decisão.

Em resposta a Globo, o Instituto Lula informou que esclareceu ao Ministério Público que as afirmações de Delcídio são falsas e que o ex-presidente já teria respondido sobre elas perante o Supremo no dia 27 de maio.

Já os advogados de José Carlos Bumlai e do ex-funcionário de Delcídio, Diogo Ferreira, também arrolados no pedido, disseram que a decisão de Janot já era esperada. A defesa de Maurício Bumlai, Nestor Cerveró e de Delcídio não se manifestaram.

Manifestação na Avenida Paulista

Em discurso durante manifestação contra o Governo Temer nesta sexta-feira (10), em São Paulo, o ex-presidente Lula afirmou que poderá ser candidato nas eleições presidenciais de 2018.

“Quanto mais eles me provocarem, mais eu corro risco de ser candidato a presidente em 2018. Se eles acham que vão me amedrontar com ameaça, eu quero dizer, que quem não morreu de fome em Garanhuns (PE), não tem medo de ameaça nesse país”, disse.

Composta por movimentos de esquerda e centrais sindicais, a Frente Brasil Popular realizou seu primeiro ato unificado após Michel Temer assumir, interinamente, a Presidência.

*Informações de TV Globo

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