Jilmar Tatto ironiza manifestações: “criança que perdeu o pirulito e não se conforma”
Em ato em defesa da democracia realizado em frente ao Instituto Lula, no bairro do Ipiranga, em São Paulo, o secretário municipal de Transportes de SP, Jilmar Tatto ironizou as manifestações realizadas pelo País.
“É um ato político/partidário de quem não aceitou a eleição. Criança que perdeu o pirulito e não se conforma. Medo do Lula voltar em 2018”. Segundo Tatto, se o ex-presidente Lula cuidasse apenas do Instituto que leva seu nome e falasse apenas de seu legado, ninguém se importaria com ele e reiterou: “o medo é dele em 2018”.
O presidente da entidade, Paulo Okamoto, também falou sobre as manifestações e destacou a ordem e a exposição de opiniões. “Festa democrática. As pessoas estão indo para a rua, colocar as suas opiniões, as suas reivindicações de maneira pacífica e ordeira e, portanto, é uma coisa bacana, contra a corrupção, a favor do Ministério Público. É uma coisa bastante bacana no Brasil”, disse.
Questionado sobre os pedidos de impeachment, que embasam grande parte dos gritos de ordem pelo País, Okamotto afirmou que todos têm o direito de opinar. “Evidentemente tem que ter uma regra, a regra da legalidade, a regra do jogo. Quando a gente não gosta de um canal, muda de canal. Quando não gosta de um jogo, não vai no estádio ou espera o jogo acabar. Democracia é assim, tem eleições, elas acontecem, tem uma pessoa eleita e tem que esperar a próxima eleição para ver o que a gente vai fazer. É isso que a gente espera do povo brasileiros e dos manifestantes”.
O ato dos petistas é, segundo Okamotto, uma “manifestação de solidariedade, de defesa da democracia” e que não contou com a presença do ex-presidente Lula, “porque ele precisa descansar”.
Manifestantes estão acampados, em frente ao instituto, desde a última segunda-feira (10). “Queremos deixar um recado muito claro para essa gente que não aceita a democracia no país como um regime. Não vamos abrir mão da liberdade de ir e vir, da liberdade de expressão. O atentado ao instituto foi um atentado à democracia”, disse Adi.
No mesmo ato, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) criticou a presença do senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, na manifestação em Belo Horizonte. “Eu recomendaria a ele um terapeuta para que possa entender que ja tem uma presidente, ela já foi eleita e que se ele quer ser presidente tem que se eleger em 2018”, disse.
Além da CUT, participam do ato o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp), o Sindicato dos Bancários, o Sindicato dos Químicos e movimentos sociais.
Ataque a bomba
Segundo Adi dos Santos Lima, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no estado de São Paulo, os manifestantes querem mostrar o repúdio ao ataque, ocorrido no último dia 30, quando uma bomba caseira foi lançada no prédio do Instituto.
Sobre o incidente, o presidente do Instituto ressaltou que não há nenhuma novidade até o momento e que a polícia está fazendo a investigação. “Mas como consideramos que foi um atentado político, eu reivindiquei ao Ministério da Justiça para que se colocasse a Polícia Federal, porque a responsabilidade da segurança para o ex-presidente da República é o Governo federal, que coloca gente do Exército para ficar à disposição da segurança dele”, finalizou.
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