Joaquim Levy é confirmado na presidência do BNDES no governo Bolsonaro

  • Por Jovem Pan
  • 12/11/2018 16h16 - Atualizado em 12/11/2018 17h18
Folhapress Renato Costa/Frame/Folhapress Joaquim Levy será o novo presidente do BNDES no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL)

O ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy será o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). De acordo com a equipe de transição, ele vai assumir o cargo para aplicar a interação do BNDES com os organismos multilaterais, como o próprio Bando Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

“Com extensa experiência em gestão pública, PhD em economia pela Universidade de Chicago, Joaquim Levy deixa a diretoria financeira do Banco Mundial para integrar a equipe econômica do governo do presidente eleito Jair Bolsonaro”, diz nota da assessoria de imprensa do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes.

A indicação de Levy foi capitaneada por Guedes e pode ser considerada uma vitória da visão econômica mais liberal. Esse grupo firma que o BNDES pode se dedicar às privatizações de estatais e à estruturação de projetos de concessões de infraestrutura à iniciativa privada — o que teria um prazo de validade. Depois que as estatais fossem vendidas e os principais projetos em carteira fossem concedidos, o BNDES poderia até mesmo ser extinto.

Já a parte mais conservadora, formada pelos militares, defende um BNDES menor, mas com alguma função no financiamento à inovação e aos investimentos em infraestrutura.

Levy é formado em engenharia naval e tem doutorado na Universidade de Chicago — o mais importante centro do pensamento liberal em economia. Entre 2003 e 2006, no primeiro mandato do ex-presidente Lula, Levy foi secretário do Tesouro Nacional. Em 2007, foi secretário de Fazenda no primeiro governo de Sérgio Cabral, no Rio de Janeiro, função que exerceu até 2010.

Um ano depois, presidiu a Bram, gestora de recursos do Bradesco, cargo que deixou em 2015, para assumir o Ministério da Fazenda durante o segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff.

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