Joesley afirma que Marcello Miller não interferiu em acordo de delação

  • Por Jovem Pan
  • 07/09/2017 20h14
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DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO O executivo prestou depoimento na sede da Procuradoria-Geral da República, em Brasília. Além do mandatário da empresa, Ricardo Saud, diretor do grupo, e Francisco de Assis e Silva, advogado da JBS, também foram ouvidos

O dono do grupo J&F, responsável pela JBS, Joesley Batista, negou ter sido aconselhado pelo procurador Marcello Miller a negociar um acordo de delação premiada ou mesmo gravar o presidente Michel Temer no encontro do dia 7 de março. O executivo prestou depoimento na sede da Procuradoria-Geral da República, em Brasília. Além do mandatário da empresa, Ricardo Saud, diretor do grupo, e Francisco de Assis e Silva, advogado da JBS, também foram chamados para dar explicações.

Após os depoimentos, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deverá anunciar sua decisão sobre se mantém ou não o acordo de delação do grupo. Vale lembrar que dia 17 de setembro é o último dia de Janot à frente do cargo, já que, no dia seguinte, ele dará lugar a Raquel Dodge.

Os executivos do grupo J&F foram convocados para esclarecer as informações gravadas em áudio entregue à PGR, no qual Joesley e Saud deixam a entender que Miller teria se movimentado para ajudar a dupla a fechar o acordo de delação premiada quando ainda trabalhava na Procuradoria.

Uma das possibilidades é que, após ouvir os executivos, Janot suspenda os benefícios da delação premiada. Entre as vantagens obtidas, eles não seriam indiciados criminalmente pelos crimes relatados. O procurador-geral pode pedir também a prisão dos delatores se entender que eles mentiram na delação. Em coletiva de imprensa no início da semana, Janot afirmou que, mesmo cancelado o acordo, as provas obtidas têm validade.

*Com informações da Agência Brasil

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