JP Ponto Final debate violência no RJ com representantes do setor
Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ); vereador do Rio de Janeiro pelo partido Novo, Pedro Duarte; delegado Victor César Dos Santos; e contra-almirante, João Candido Marques Dias participaram do programa
Nesta edição do JP Ponto Final, Claudio Dantas, diretor de jornalismo da Jovem Pan em Brasília, debate soluções para a crise de segurança no Rio de Janeiro. Participam do programa o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o vereador Pedro Duarte (Novo-RJ), pré-candidato à Prefeitura da cidade; assim como o novo secretário de segurança do Rio de Janeiro, delegado Victor César Dos Santos; e o contra-almirante, João Candido Marques Dias, chefe do estado maior da Operação Lais De Guia, que integra a GLO decretada por Lula no estado. Com perspectivas diferentes de atuação, Bolsonaro e Duarte concordaram que a violência não será combatida apenas com repressão e defenderam políticas de concessão de escrituras a proprietários de imóveis em favelas do Rio, onde a falta de endereço prejudica até a expedição de mandados de busca e apreensão ou de prisões. Eles também concordaram que é urgente trazer o Judiciário para o debate e rever o julgamento da ADPF das Favelas, que restringiu as operações policiais durante a pandemia — restrições que duram até hoje.
O senador do PL é crítico ao que chama de política de criminalização de policiais e proteção de criminosos. “Hoje a polícia para fazer determinada operação, tem que comunicar o Ministério Público, falar com a Defensoria Pública, tem que ter um percentual x de policiais que tem que ter um treinamento de diversidade sexual, outro tem que ter a quantidade certa de policiais com câmeras. Só falta ter que mandar um e-mail, uma carta, um pedido para o tráfico de drogas para você entrar em uma comunidade onde eles têm o domínio. O que nós vemos é o nosso policial, com razão, muito mais preocupado de virar réu, do que de enfrentar os bandidos. A mensagem que passa para a tropa, é que não vale a pena trabalhar”, afirmou. O vereador do Novo, por sua vez, defendeu o porte de arma para a Guarda Municipal . “A guarda municipal não consegue fazer o ordenamento urbano, garantir o mínimo de segurança, dar apoio nesses casos de furto, de roubo, das nossas praias, em todos os incidentes que nós vemos, se não tiver arma de fogo. Nós já vimos 17 pivetes em uma praia de Copacabana indo pra cima de um guarda municipal que tem que reagir com um cassetete, com um taser. Não tem como dar certo, eles ficam acuados.”
Titular da Segurança Pública, pasta recém criada por Claudio Castro (PL), o delegado Victor César justificou a medida e elencou as prioridades de sua gestão. “Toda essa política de segurança pública tem que ter o foco central, e, cada um, cada polícia, dentro das suas atribuições, ter o seu planejamento, mas ele sempre voltado a convergir com um único objetivo. Evitando assim, que, de repente, uma polícia tome uma direção diferente da outra, segurança pública é um sistema e ele tem que estar funcionando de forma integrada”, explicou o secretário.
Confira abaixo a íntegra do Programa Jovem Pan Ponto Final:
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