Juiz fixa fiança de R$ 500 mil para soltar investigado na Lava Jato

  • Por Agência Brasil
  • 15/05/2015 18h50
  • BlueSky
CURITIBA, PR, 11.05.2015: CPI-PETROBRAS - - CPI da Petrobras ouve Guilherme Esteves de Jesus, apontado como operador, na sede da Justiça Federal em Curitiba (PR), nesta segunda-feira (11). (Foto: Geraldo Bubniak/AGB /Folhapress) Folhapress Guilherme Esteves de Jesus

O juiz federal Sérgio Moro, relator dos processos da Operação Lava na primeira instância, concedeu hoje (15) liberdade a Guilherme Esteves, acusado de ser um dos operadores no pagamento de propina na Petrobras. No entanto, Esteves deverá pagar R$ 500 mil de fiança para sair da prisão.

Apesar de conceder liberdade ao acusado, o juiz recebeu denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra Esteves e sua esposa por obstruir as investigações, ocultando provas. De acordo com as investigações da  Lava Jato, Esteves intermediou o pagamento de US$ 8 milhões de propina do Estaleiro Jurong para ex-diretores da estatal. Ele foi preso em março pela Polícia Federal.

Na decisão, Moro justificou que a fiança é necessária como condição para evitar a fuga do acusado. “Sempre que possível, excetuada hipossuficiência econômica, deve ser exigida fiança para vincular o investigado e o acusado ao processo, garantir sua presença nos atos processuais, contribuindo ainda para garantir a futura reparação do dano decorrentes do crime. No caso, considerando o suposto envolvimento do acusado com contas offshores no exterior, pagamentos de propinas milionárias, todos signos presuntivos de riqueza, fixo a fiança em R$ 500 mil”, decidiu o juiz.

A defesa de Guilherme Esteves alegou que as provas apresentadas são insuficientes para a aceitação da denúncia e pediu que ele fosse colocado em liberdade.

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.