Juiz mantém executivo da UTC preso na carceragem da PF em Curitiba

  • Por Agência Brasil
  • 23/03/2015 19h30
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SÃO PAULO, SP - 14.11.2014: OPERAÇÃO LAVA JATO - O empresário Ricardo Pessoa, presidente da construtora UTC, chega à sede da PF, em SP - A Polícia Federal cumpre nesta sexta-feira (14) mandados de prisão e de busca e apreensão durante Operação Lava Jato. As buscas são concentradas em 11 grandes empreiteiras. Os grupos investigados registraram, segundo dados do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), operações financeiras atípicas num montante que supera R$ 10 bilhões. (Foto: Zanone Fraissat/Folhapress) Zanone Fraissat/Folhapress O empresário Ricardo Pessoa

O juiz federal Sérgio Moro manteve hoje (23) o presidente da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Moro atendeu a pedido do Ministério Público Federal (MPF), responsável pelas investigações da Lava Jato, para que Pessoa não fosse transferido para o presídio. A justificativa dos procuradores não foi informada.

Mais cedo, o juiz atendeu a pedido da Polícia Federal (PF) e autorizou a transferência de 12 presos na Lava Jato da carceragem da PF para o Complexo Médico Penal do Paraná, presídio localizado em Pinhais (PR), próximo a Curitiba. A PF alegou que não tem mais condições de manter todos os presos.

Pessoa é acusado pelo MPF de coordenar o funcionamento do cartel entre as empreiteiras que tinham contratos com a Petrobras. O esquema ficou conhecido como “Clube das Empreiteiras”. Sobre as acusações, Pessoa responde a duas ações penais. A defesa do executivo negocia com os investigadores um acordo de delação premiada.

Ainda não há decisão sobre o doleiro Alberto Youssef, e os executivos da Camargo Corrêa Dalton Avancini e Eduardo Leite. Até o momento, eles devem permanecer na carceragem da PF. Os três assinaram acordo de delação.

O ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró também não foi transferido, porque faz tratamento psicológico, autorizado pela Justiça.

Entre os presos que serão transferidos estão o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, preso na semana passada,  e o empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, acusado de intermediar pagamento de propinas.

A decisão também atinge executivos de empreiteiras: Agenor Franklin Magalhães Medeiros, José Aldemário Pinheiro Filho, José Ricardo Nogueira Breghirolli e Mateus Coutinho de Sá Oliveira (OAS); Erton Medeiros Fonseca (Galvão Engenharia); Gerson de Mello Almada (Engevix); João Ricardo Auler (Camargo Corrêa) e Sérgio Cunha Mendes (Mendes Júnior). Adir Assad e Mário Goes, acusados de atuar como operadores do esquema de desvios na Petrobras, também serão transferidos para o Complexo Médico Penal.

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