Juiz pede quebra de sigilo de mais oito pessoas ligadas a Flávio Bolsonaro
Mais oito pessoas vinculadas ao antigo gabinete do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) terão os sigilos fiscais e bancários quebrados. A decisão foi tomada nesta sexta-feira (28) pelo juiz da 27ª Vara Criminal do Rio, Flávio Itabaiana.
Dois meses atrás ele já havia levantado os sigilos de 86 pessoas e nove empresas. Além disso, o juiz reforçou a fundamentação para a quebra dos sigilos, já que a falta deles foi objeto de um habeas corpus impetrado pela defesa do senador.
“Fica muito claro que eles tentam sanar os vícios da primeira decisão que não tinha a fundamentação necessária para justificar uma medida dessa dimensão”, disse o advogado de Flávio, Frederick Wassef. A 27ª Vara Criminal e o Ministério Público do Rio (MP-RJ), autor do pedido, não quiseram se manifestar. O processo corre em segredo de Justiça.
Em janeiro, Flávio Bolsonaro já havia tentado suspender as investigações no Supremo Tribunal Federal (STF), mas o pedido foi negado pelo ministro Marco Aurélio Mello. O senador alega que os promotores quebraram seu sigilo de forma ilegal ao requisitar dados do Coaf sobre sua movimentação financeira e afirma ser vítima de perseguição política com o objetivo de prejudicar o governo de seu pai, o presidente Jair Bolsonaro.
Os promotores sustentam, por sua vez, que há indícios robustos de que havia uma “organização criminosa” comandada por Flávio e operada por Queiroz dentro do gabinete na Alerj, na qual o homem de confiança do então deputado arrecadava de forma ilícita parte do salário de outros assessores para o atual senador, prática conhecida como ‘rachadinha’. O MP suspeita de que ex-deputado teria usado transações imobiliárias com valores fraudados para lavar dinheiro. Ambos negam a prática.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.