Juiz que ordenou prisão vê ‘delitos graves’ na ação de hackers de Moro
O juiz da 10ª Vara Federal de Brasília Vallisney de Souza Oliveira, responsável por fundamentar a ordem de prisão dos hackers que invadiram o celular do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou que há indícios de “delitos graves” nas investigações.
Ele fundamentou a ordem de prisão temporária de Gustavo Henrique Elias Santos, Suellen Priscila de Oliveira, Walter Delgatti Neto e Danilo Cristiano Marques em 13 páginas. Todos foram presos nesta terça-feira (23) pela PF na Operação Spoofing.
“Há fortes indícios de que os investigados integram organização criminosa para a prática de crimes e se uniram para violar o sigilo telefônico de diversas autoridades públicas brasileiras via invasão do aplicativo Telegram”, afirmou o juiz.
“As prisões temporárias dos investigados são essenciais para colheita de prova que por outro meio não se obteria, porque é feita a partir da segregação e cessação de atividades e comunicação dos possíveis integrantes da organização criminosa, podendo-se com isso partir-se, sendo o caso, para provas contra outros membros da organização e colheita de depoimentos de testemunhos sem a influência ou interferência prejudicial dos indiciados”, completou.
Ainda segundo o magistrado, “há também a necessidade da realização de buscas e apreensões nos endereços residenciais dos investigados, sendo, portanto, necessária a sua privação de liberdade, a fim de viabilizar a coleta de provas, sem que as oculte ou destrua ou que desapareçam por completo”.
“Os fatos relatados pela autoridade policial demonstram que os investigados são prováveis integrantes de organização criminosa e responsáveis pela prática de delitos graves”, concluiu.
*Com Estadão Conteúdo
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