Jungmann: órgãos federais monitoram candidatura de representantes do crime

  • Por Estadão Conteúdo
  • 04/07/2018 19h12 - Atualizado em 04/07/2018 19h14
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Tânia Rêgo/Agência Brasil Ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, diz que é possível que o crime se infiltre no Legislativo

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou nesta quarta-feira, 4, que órgãos federais e estaduais do Rio de Janeiro monitoram candidaturas de pessoas ligadas ao crime organizado, como as milícias e as facções criminosas, com o objetivo de impedir que, caso sejam eleitos, esses candidatos tomem posse ou cumpram o mandato.

“O crime organizado chegou a controlar 800 comunidades no Rio de Janeiro. Quem tem o controle do território muitas vezes consegue o controle do voto para eleger seus representantes e aliados”, afirmou Jungmann à imprensa, durante evento no Rio de Janeiro.

“Se houver essa influência, vamos tomar providências para evitar que esses representantes do crime organizado tomem posse. O Tribunal Superior Eleitoral criou um grupo de trabalho integrado pelo próprio TSE, pela Polícia Federal, pelas polícias do Rio de Janeiro, pela Agência Brasileira de Inteligência e pelo Ministério Público. Todos estão mobilizados para que, se houver essa influência, possamos evitar que esses representantes do crime organizado tomem posse e, se chegarem a tomar posse, que sejam cassados”, contou o ministro.

“Não é possível que o crime se infiltre no Legislativo, seja em qualquer nível. E também não é aceitável que haja representação de criminosos onde se dá a representação popular do Rio de Janeiro”, concluiu.

Jungmann participou, no Rio de Janeiro, do lançamento de um projeto realizado em parceria pelos ministérios da Segurança e da Cultura. O #economiacriativagerafuturo pretende oferecer cursos profissionalizantes a 8.000 jovens de favelas do Rio de Janeiro. O ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, também participou do evento.

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