Justiça anula julgamento da boate Kiss e quatro réus devem ser soltos

Defesas dos réus pediram a anulação do julgamento alegando que não houve cumprimento das regras judiciais ao longo do processo

  • Por Jovem Pan
  • 03/08/2022 19h29
Fernando Frazão/Agência Brasil Fernando Frazão/Agência Brasil Incêndio na boate Kiss deixou 242 mortos e mais de 600 feridos no Rio Grande do Sul

A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) acolheu recursos das defesas e anulou, nesta quarta-feira, 3, o julgamento que condenou quatro réus pela tragédia da boate Kiss, ocorrida em Santa Maria. Com a decisão, que terminou em dois votos a um para reconhecer a anulação do júri, serão soltos o dono da boate Kiss, Elissandro Callegaro Spohr, que havia sido condenado a 22 anos e seis meses de reclusão; o sócio Mauro Londero Hoffmann, condenado a 19 anos e seis meses; o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, condenado a 18 anos; além do assistente da banda, Luciano Bonilha Leão, também condenado a 18 anos. As defesas dos réus pediram a anulação do julgamento alegando que não houve cumprimento das regras judiciais ao longo do processo. No entanto, a decisão cabe recurso. O caso se arrasta desde 2013, quando o incêndio na boate Kiss deixou 242 mortos e mais de 600 feridos. Após quase nove anos, em dezembro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou um habeas corpus concedido pelos desembargadores do TJ-RS. Na oportunidade, os réus foram condenados a cumprir entre 18 e 22 anos de prisão.

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