Justiça bloqueia bens de Geraldo Alckmin em ação sobre suposto caixa 2 da Odebrecht
A Justiça de São Paulo bloqueou nesta segunda-feira (15) os bens do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin. A ação é parte de um processo ligado a denúncias de caixa 2 da Odebrecht para a campanha do tucano para o governo paulista, em 2014.
A decisão é do juiz federal Alberto Alonso Muñoz, da 13ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, que abriu ação de improbidade administrativa contra Alckmin, seu ex-tesoureiro de campanha Marcos Monteiro, a Odebrecht e quatro executivos da empresa. A denúncia diz que a empresa pagou R$ 7,8 milhões em caixa 2. Ao todo, R$ 39,7 milhões dos investigados foram bloqueados. O ex-governador teve R$ 9,9 milhões bloqueados.
O juiz também determinou que fiquem indisponíveis todos os veículos licenciados em nome dos réus. Todas as conta-correntes e aplicações financeiras em nome dos investigados também foram bloqueadas.
Segundo o Ministério Público, a Odebrecht, entre os anos de 2013 e 2015, teria “escolhido candidatos a governador e deputados estaduais que correspondem a suas pretensões de ser beneficiada em licitações, contratos de obras públicas e parcerias público-privadas, através de contribuições não declaradas à Justiça Eleitoral às respectivas campanhas políticas”. O objetivo seria que a empreiteira fosse beneficiada em licitações, contratos, obras públicas e parcerias público-privadas por meio de contribuições clandestinas.
Governador de São Paulo até o ano passado, Geraldo Alckmin foi o candidato do PSDB à presidência da República nas eleições de 2018. O ex-ministro da Saúde ficou em quarto lugar, atrás de Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT) e do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Atualmente, ele é o presidente nacional do PSDB.
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