Justiça de MG bloqueia R$ 11 bilhões da Vale para cobrir danos em Brumadinho
A Justiça de Minas Gerais determinou um terceiro bloqueio de valores da empresa Vale após o rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho. Desta vez, R$ 5 bilhões foram bloqueados. Somado às duas outras decisões da Justiça, os bloqueios acumulam R$ 11 bilhões. O objetivo é utilizar o dinheiro para o ressarcimento de danos e perdas gerais.
Quem entrou com o novo pedido foi o Ministério Público de Minas. Para os promotores que assinaram a ação, as vítimas sofreram “evidentes e notórios danos morais, psicológicos, emocionais, comunitários, de saúde e culturais”.
Segundo o MP, a Vale apresentou “proveito econômico ao explorar a região” e, agora, “precisará arcar com o ônus” da tragédia. O pedido acatado pelos juízes aponta que, apenas no terceiro semestre de 2018, a empresa obteve lucro de R$ 8,3 bilhões. Os promotores orientam ainda que a companhia escute as vítimas sobre a melhor forma de realocá-las em hotéis, pousadas e imóveis.
A empresa já havia sofrido outros dois bloqueios, ambos no sábado, um de R$ 5 bilhões e outro de R$ 1 bilhão. Além disso, o Ibama, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis, multou em R$ 250 milhões pelos danos causados ao ecossistema.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.