Justiça decreta sigilo nas investigações sobre queda de avião que matou Teori

  • Por Jovem Pan
  • 23/01/2017 17h59
Divulgação Avião que caiu em Paraty - Div

A justiça decretou nesta segunda-feira o sigilo nas investigações que estão sendo feitas pela Polícia Federal e Ministério Público Federal no caso da queda do avião que levava o então ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki. A assessoria de imprensa da Seção Judiciária do Rio de Janeiro confira a informação. Além de Teori, outras quatro pessoas morreram no acidente.

A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que a caixa-preta da aeronave foi danificada, mas não se sabe informar se a gravação de voz ficou comprometida. Ainda não se sabe as razões que causaram o acidente no Rio de Janeiro.

Já foram recolhidos do mar todos os destroços do avião. O material foi colocado em uma balsa que, por volta das 16h desta segunda-feira, 23, iniciou viagem marítima até Angra dos Reis. A informação é do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão subordinado à Aeronáutica.

A previsão do Cenipa é que a balsa chegará a Angra por volta das 22h, mas isso depende muito das condições de navegabilidade. Essa embarcação estava em Niterói (região metropolitana do Rio) e a viagem até Paraty, inicialmente prevista para durar 12 horas, acabou demorando o dobro, 24 horas.

Em Angra os destroços serão transferidos para uma carreta, que seguirá pela estrada até a Base Aérea do Galeão, na Ilha do Governador, zona norte do Rio. 

Todas as etapas desse transporte são de responsabilidade da AGS Logística, empresa contratada pela seguradora do avião para retirar a aeronave do mar e levá-la até o Galeão. Agentes do Cenipa acompanham a viagem porque cabe ao órgão a investigação das causas do acidente.

Até as 18h50 desta segunda-feira nem o Cenipa nem a AGS haviam informado se a transferência dos destroços da balsa para a carreta vai ocorrer imediatamente após a chegada da balsa a Angra, mesmo que seja durante a noite, ou se a empresa vai aguardar o amanhecer desta terça-feira, 24, para fazer o serviço.

Gravador de voz

O gravador de voz (Cockpit Voice Recorder, CVR) recolhido nos destroços do avião foi danificado pelo contato com a água, informou na tarde desta segunda-feira, 23, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) da Força Aérea Brasileira (FAB).

A água atingiu, segundo os militares encarregados das investigações, a “base” do equipamento, onde estão cabos e circuitos que fazem a ligação para armazenamento das informações. A outra parte do gravador, que armazena os dados gravados, é, segundo o Cenipa, “altamente protegida”. O aparelho registra conversas na cabine da aeronave e pode ajudar os investigadores a entender o que aconteceu momentos antes da queda.

O aparelho, que chegou no sábado, 21, a Brasília para ser analisado no Laboratório de Análise e Leitura de Dados de Gravadores de Voo (Labdata), precisará ser submetido a secagem, verificação da integridade das gravações, degravação dos dados e sua transcrição.

“O tempo de duração de todo o processo depende das condições do equipamento”, afirmou o Cenipa, em nota.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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