Justiça e política brasileira repercutem declarações de Lula em Portugal

  • Por Jovem Pan
  • 29/04/2014 09h02

O ex-presidente Lula afirmou que as punições às roubalheiras do mensalão foram injustas e recebe o troco da Justiça e da politica. Os ministros do Supremo Tribunal Federal e políticos da Oposição reagiram à afirmação de que as condenações foram 80% políticas e 20% técnicas.

O Judiciário estranhou a afirmação porque dos onze ministros, sete foram nomeados pelos petistas e, mesmo assim, puseram os mensaleiros na cadeia. E, falando a Anchieta Filho, o ministro Marco Aurélio Mello negou a expressão apresentada como sua e lembrou que o ex-presidente não entende de Direito.

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O senador da República lamentou que o ex-presidente Lula tenha atacado os juízes brasileiros em entrevista a jornalistas de Portugal. Aécio Neves acrescentou que esse tipo de atitude perante a imprensa estrangeira não honra a biografia de quem já chefiou o Executivo.

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, afirmou que a sociedade brasileira e a suprema corte do Brasil já se posicionaram sobre o mensalão. Em entrevista ao repórter Daniel Lian, o pré-candidato à presidência da República pelo PSB foi econômico nas palavras sobre Lula.  

O presidente do STF divulgou nota em que lamentou que um ex-presidente da República escolha a imprensa estrangeira para atacar a mais alta Corte do país. Para o ministro Joaquim Barbosa, a declaração de Lula estimulou a falta de esperança do cidadão, acuado pela corrupção, a violência e a impunidade.

O magistrado lembra que a TV Justiça transmitiu o julgamento minuto a minuto e que houve histórica distribuição eletrônica de todo o processo. O ministro Joaquim Barbosa acrescentou que o ex-chefe de Estado ainda tem dificuldades para lidar com o Judiciário independente na Democracia efetiva.

 

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