Avianca tem falência decretada após não cumprir plano de recuperação judicial
Decisão foi publicada pela Justiça no início da noite desta terça-feira, 14
A Justiça de São Paulo decretou falência da Avianca Brasil nesta terça-feira, 14. A decisão foi tomada após um pedido da própria empresa, que alegou que não conseguiria cumprir o plano de recuperação judicial aprovado em abril de 2019, por conta da crise econômica do país, o aumento do combustível, do dólar e da greve dos caminhoneiros de 2018.
Segundo a decisão do juiz Tiago Henriques Papaterra Limongi, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Capital, a empresa deve apresentar a relação completa dos bens em até 60 dias.
A crise
Em 2018, a Avianca entrou com um pedido de recuperação judicial, se declarando incapaz de quitar as dívidas, estimadas em quase R$ 500 milhões à época. O valor foi corrigido posteriormente para R$ 2,7 milhões. No ano seguinte, 80% dos credores aprovaram o plano, e a empresa começou a devolver aeronaves para o pagamento de dívidas. A ação levou ao cancelamento de milhares de voos em todo o país. Em maio de 2019, a Anac decidiu suspendeu as operações da companhia no país.
No começo do mesmo ano, a Justiça concedeu tutela de urgência à Avianca para reintegrar 14 aviões que haviam sido retomados por arrendadores, mas novas ações permitiram o resgate das aeronaves por parte dos credores. Além disso, os slots – horários de pousos e decolagens da companhia – ociosos no Aeroporto de Congonhas foram redistribuídos. Desta forma, a empresa afirmou que não conseguiria cumprir o plano de reestruturação, e pediu a transformação da recuperação judicial em falência.
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