Justiça homologa delação de um dos investigados por hackear Moro e autoridades
Após firmar a delação, a tendência é que estudante de direito Luiz Henrique Molição, preso na segunda fase da Operação Spoofing, deixe a prisão e passe a responder em liberdade
A Justiça do Distrito Federal homologou acordo de colaboração premiada do estudante de direito Luiz Henrique Molição, de 19 anos, um dos presos na Operação Spoofing, deflagrada em julho, que investiga a invasão de celulares de autoridades da República, incluindo procuradores da Lava Jato e o ministro da Justiça, Sergio Moro.
Molição foi preso na segunda fase da Spoofing e teria participado de conversa com o jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil, referente à entrega dos supostos conteúdos obtidos por meio das invasões. Ele tinha ligação com Walter Delgatti Neto, o “Vermelho”, que confessou ter hackeado autoridades e repassado o conteúdo ao site.
A decisão de homologar a delação foi proferida na noite da segunda-feira (2) pelo juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília. A tendência é que, a partir de agora, Molição deixe a prisão e continue a responder em liberdade.
O magistrado também concedeu mais 15 dias para que os investigadores encerrem o inquérito. O prazo termina no dia 19 de dezembro. Após a conclusão pela Polícia Federal, caberá ao Ministério Público Federal decidir se oferece ou não denúncia.
No acordo, sob sigilo, Molição se comprometeu a trazer revelações sobre as ações relacionadas ao hackeamento das autoridades por meio das contas do aplicativo Telegram. Ele também poderia entregar informações sobre diálogos que ainda não estão de posse dos investigadores. Procurada, a defesa de Luiz Molição não atendeu as ligações.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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