Justiça italiana decide por não extradição de Pizzolato, condenado no mensalão

  • Por Jovem Pan
  • 28/10/2014 16h02

Ex-diretor de marketing utilizava o passaporte de um irmão morto

Lula Marques/Folhapress Henrique Pizzolato é preso na Itália com passaporte falso

Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil condenado a 12 anos e 7 meses de prisão no processo do mensalão, não será extraditado da Itália para o Brasil, definiu na tarde desta terça a justiça italiana.

Existe ainda possibilidade de recurso do governo brasileiro. O recurso deve ser levado à Corte de Cassação, em Roma, a suprema corte italiana, o que pode fazer levar algum tempo ainda. Havia no julgamento de hoje no tribunal regional de Bologna um procurador em nome do Brasil presente, Michele Gentiloni.

Pizzolato fugiu do Brasil em setembro de 2013 após ser decretada sua sentença e foi preso em Módena, Itália, após mandado de captura internacional emitido pela Interpol.

Em entrevista à Jovem Pan, a deputada ítalo-brasileira Renata Bueno, que presta serviços no parlamento italiano, disse que “torcia e confiava muito numa decisão técnica, pela extradição”.

Existe a possibilidade de Pizzolato cumprir a pena na Itália ou em regime domiciliar. “Agora eu não sei como se daria uma prisão domiciliar para ele aqui na Itália, porque ele não tem domicílio aqui”, disse Bueno.

Polícia divulgou no meio do ano imagem do passaporte falso usado por Pizzolato para fugir para a Itália

O ex-diretor do BB diz ser injusta a condenação e sua defesa alega que as prisões brasileiras não oferecem garantia dos direitos humanos.

Mais cedo, antes de a decisão ter saído, Bueno deu entrevista à Jovem Pan explicando que a primeira audiência tinha sido adiada por falta de informações da justiça italiana, que as requereu da Justiça brasileira.

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