Justiça manda soltar almirante Othon, ex-presidente da Eletronuclear

Justiça decidiu soltar o ex-presidente da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da SilvaMarcello Casal Jr/Agência Brasil O ex-presidente da Eletronuclear almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, condenado na Operação Lava Jato p…

  • Por Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil
  • 11/10/2017 16h52
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O ex-presidente da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva

Justiça decidiu soltar o ex-presidente da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da SilvaMarcello Casal Jr/Agência Brasil

O ex-presidente da Eletronuclear almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, condenado na Operação Lava Jato por corrupção, preso em julho de 2015, recebeu habeas corpus do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) e deve ganhar a liberdade. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (11) pelo seu advogado, Fernando Fernandes.

Entre os motivos alegados pela defesa para a soltura de Othon está sua frágil condição de saúde, pois ele tem câncer de pele, além de idade avançada, 76 anos.

“O habeas corpus foi proferido pela Primeira Turma do TRF, entendendo que não estão mais presentes os pressupostos da prisão preventiva. Portanto, determinou a soltura do almirante. Ele passou por uma cirurgia de câncer e o tribunal entendeu que era caso de revogar por completo a prisão”, disse Fernandes.

O advogado ressaltou que Othon dedicou sua vida ao projeto científico nuclear do país e considerou que seu cliente é perseguido. Ele cumpria pena em uma unidade da Marinha.

“O almirante é um brasileiro que dedicou a vida ao projeto científico nuclear. É o mais importante cientista que temos nesta área. Ele é acusado pelo recebimento de R$ 3 milhões, o que não tem o menor sentido, pois se tratava de um estudo científico pelo qual recebeu. Ele não é acusado de receber porcentagem de obra da Eletronuclear. É um homem inocente, está condenado à pena mais alta da Lava Jato [menor que a de Sergio Cabral, de 45 anos]. Portanto, nós acreditamos que a condenação poderá ser revertida”, sustentou o advogado.

Procurado pela Agência Brasil, o TRF2 ainda não havia se manifestado sobre o assunto até a publicação desta matéria.

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