Justiça mantém condenação de adolescente acusado de planejar massacre em Suzano

  • Por Jovem Pan
  • 07/05/2019 18h50
Rovena Rosa/Agência Brasil O jovem está internado desde o dia 19 de março na Fundação Casa, e deve continuar apreendido por prazo indeterminado

A Justiça de Suzano (SP) decidiu manter a condenação do adolescente de 17 anos acusado de ajudar no planejamento do ataque na Escola Estadual Professor Raul Brasil, que terminou com dez mortos e 11 feridos. O jovem está internado desde o dia 19 de março na Fundação Casa, e deve continuar apreendido por prazo indeterminado.

Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o prazo limite de apreensão de menores infratores no Brasil é de três anos. O adolescente, de 17 anos, era tido como “mentor intelectual” do massacre pela Polícia Civil, acusado de ter estimulado Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, apontado como o líder do massacre, e Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, o outro atirador, a agirem no ataque. Eles assassinaram oito pessoas e depois se mataram.

Durante as investigações, a Polícia Civil e o Ministério Público Estadual informaram ter encontrado mensagens de WhatsApp entre o adolescente e os agressores falando do massacre. O rapaz também havia manifestado desejo de cometer um crime dessa natureza a uma professora, que primeiro o denunciou à polícia.

A Polícia Civil ainda investiga os motivos de o rapaz não ter participado efetivamente do ataque. Ele chegou a comprar coturnos com os outros assassinos.

Além de deter o adolescente, a Polícia Civil prendeu Geraldo de Oliveira Santos, de 41 anos, suspeito de ter fornecido o revólver calibre 38 usado no massacre, e Cristiano Cardias de Souza, o Cabelo, de 47 anos, que teria intermediado a venda da arma. Nesta segunda-feira (6), a polícia autuou em flagrante Márcio Germano Masson, de 33 anos, conhecido como Alemão, acusado de vender as munições para Cristiano.

O massacre

Dois atiradores, de 17 e 25 anos, invadiram a escola estadual Raul Brasil, em Suzano, na manhã do dia 13 de março, e dispararam contra alunos e funcionários. A Polícia Militar confirmou a morte de oito vítimas. Os dois assassinos também morreram.

* Com informações do Estadão Conteúdo

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