Justiça mantém na cadeia quatro presos por fraude na merenda

  • Por Agência Estado
  • 03/04/2016 20h24
São Paulo - Estudantes secundaristas fazem manifestação contra a máfia da merenda em frente à Assembleia Legislativa (Rovena Rosa/Agência Brasil) Rovena Rosa/Agência Brasil Máfia das merendas

Das sete pessoas que foram presas na segunda fase da Operação Alba Branca, na semana passada, quatro tiveram a prisão prorrogada por mais cinco dias. Já os outros três foram libertados, sendo que dois deles fizeram acordo de delação premiada.

A operação investiga casos de fraude na merenda escolar no interior de São Paulo. Continuarão presos o presidente da União dos Vereadores do Estado de São Paulo (Uvesp), Sebastião Misiara, e os sobrinhos dele Emerson Girardi e Aluísio Girardi Cardoso. Também permanecerá na cadeia o empresário Joaquim Geraldo Pereira da Silva.

Marcel Julio, filho do ex-presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Leonel Julio, que se apresentou à polícia, foi mandado de Bebedouro (SP), sede das investigações, para a capital paulista. Já seu pai deixou a cadeia na última sexta-feira, 1. Ele ainda não assinou a deleção premiada, mas Luis Carlos da Silva Santos e Carlos Eduardo da Silva, fizeram acordo e também foram libertados.

Os advogados dos envolvidos que seguem presos ou não comentaram a decisão ou reclamaram, caso da defesa do presidente da Uvesp, Sebastião Misiara, para o qual não haveria motivo para prorrogar a prisão, porque o cliente prestará depoimento nesta semana e promete colaborar com as investigações.

Histórico

A investigação apura irregularidades em contratos firmados nos últimos dois anos entre mais de 20 prefeituras e a Coaf (Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar), de Bebedouro (SP). Mais de R$ 2 milhões teriam sido pagos em propinas para funcionários públicos e políticos paulistas.

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