Justiça nega pedido da Câmara por explicações de Catta Preta
A Justiça Federal negou o pedido da Câmara dos Deputados por explicações da ex-advogada dos delatores da Operação Lava-Jato, Beatriz Catta Preta. Os parlamentares haviam exigido informações sobre as ameaças reveladas em julho, nas entrevistas ao Jornal Nacional da Rede Globo, e ao jornal O Estado de S. Paulo.
Nas conversas, ela declarou que vinha sendo intimidada por integrantes da CPI da Petrobras. Na decisão, o juiz José Tarcísio Januário entendeu que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o deputado relator da CPI, Hugo Motta, do PMDB, devem fazer o pedido em nome próprio.
Catta Preta deixou de representar os principais delatores da Lava-Jato, após ter sido convocada a depor pela comissão, para dizer quanto ganhou dos clientes. Até a convocação, ela defendia o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e Júlio Camargo, o lobista do estaleiro coreano Samsung.
Em acordo de delação premiada, o lobista acusou Eduardo Cunha de tê-lo pressionado a pagar US$ 5 milhões em propina. Ainda em julho, a Ordem dos Advogados do Brasil contestou a conduta da CPI da estatal.
Em seguida, o Supremo Tribunal Federal decidiu que a advogada não precisaria revelar os pagamentos. No despacho desta sexta-feira (21), o juiz diz que as instituições públicas, especialmente as políticas, estão sujeitas às críticas e censuras dos cidadãos.
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