Justiça reforça afastamento de Garotinho e Antônio Carlos Rodrigues de cargos de comando no PR

  • Por Jovem Pan
  • 11/01/2018 13h18
Renato Araújo/ABr Renato Araújo/ABr Garotinho era ex-presidente regional do partido no Rio, enquanto Rodrigues era presidente nacional da sigla. O ofício com o novo despacho foi enviado ao PR

Em novo despacho, o Tribunal Regional Eleitoral de Campos de Goytacazes, no Rio de Janeiro, reforçou o impedimento do ex-governador Anthony Garotinho e do ex-ministro de Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, de reassumirem seus cargos no PR. Garotinho era ex-presidente regional do partido no Rio, enquanto Rodrigues era presidente nacional da sigla. O ofício com o novo despacho foi enviado ao PR.

Segundo a decisão, o habeas corpus obtido por ambos no mês passado não devolve os cargos de dirigentes aos dois e está relacionado apenas as duas liberdades. No último dia 20 de dezembro, o ministro do STF Gilmar Mendes soltou Garotinho e Rodrigues e alegou que não havia indícios de que cometeriam novos crimes não existindo, portanto, razões para que eles permanecessem presos.

“Destarte, qualquer ato praticado pelos referidos réus na condição de presidente do partido a que pertencem será considerado descumprimento de ordem judicial, sujeitando-se aqueles, portanto, a imposição de medidas mais rígidas”, disse o juiz Raphael Manhaes Júnior na decisão.

A Justiça recebeu informações de que o ex-governador do RJ estaria organizando atividades partidárias – algumas até com presença de militares – e fazendo convocação de reunião via internet. Por isso, a Justiça fez um novo despacho reforçando que os afastamentos da direção do partido seguem em vigor.

Ambos foram presos no final do ano passado em ação da Polícia Federal que investiga crimes eleitorais. Anthony Garotinho foi preso com base em investigação que apura crimes de corrupção, concussão, participação em organização criminosa e falsidade em prestação de contas eleitorais. Antônio Carlos Rodrigues é suspeito de negociar com a JBS a doação de dinheiro vindo de propina para a campanha de Garotinho em 2014.

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